quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Iº Folder Bilingüe de Lavras - Iº Bilingual Folder Article of Lavras

Clique na imagem para ampliar - Click to enlarge

Designer: Marlon Hudson de Lima



LAVRAS, SUA HISTÓRIA, SUA GENTE VOL. 1


Copyrigth by Andrade, José Alves
Lavras, sua história, sua gente
1ª Edição
Volume I
Impressão - Studio Gráfica e Editora
Janeiro - 2002
Capa - Luiz Alberto Soares
Designer e Diagramação: Marlon Hudson de Lima (Art & Designer)
Revisão Eugênio Pacelli e Edno Tubertini
Editoração Eletrônica: José Marcos Martins e Celeida Mara Tubertini Maciel
WebDesigner: Marlon Hudson de Lima - 35 8801-7339
Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser utilizada ou reproduzida - em qualquer meio ou forma, seja mecânico, eletrônico, fotocópia, gravação, ou outro, sem a prévia autorização escrita do autor.



DEDICATÓRIA
Dedico esta obra ao Senhor Nosso Deus, criador de todas as coisas, à memória de meus pais Benedito de Pádua Andrade (Planche), que prestou valiosa colaboração com os dados sobre Lavras e sua gente -
Elvina Alves de Abreu (D.Noca) e dos irmãos Antônio e Aloísio, às irmãs Mirna e Maria Auxiliadora, à minha esposa Maria Sueli Pereira de Andrade, companheira e amiga de todas as horas, aos meus queridos filhos José Renato (advogado) e André Gustavo (físico), ao meu neto André, à Dindinha de Manhuaçu, ao acadêmico Sebastião Naves da Silveira, ao Doutor em Direito e escritor Dr. Wilson de Oliveira, ao engenheiro Dr. Ismael Azevedo Alves, ao Juiz do Trabalho Dr. Carlos Augusto Junqueira Henrique, às pessoas que eu amo e que me amam, àqueles que me inspiraram, à família e à memória de Bi Moreira, a todos que contribuíram desde a criação de Lavras até os dias atuais para engrandecimento deste Santuário Cultural.
O autor.

AGRADECIMENTO
Ao Jornal Tribuna de Lavras, nas pessoas dos diretores Luiz Gomide, José Eduardo e dos funcionários: Pacelli, Édno, Áureo, Vanderlei, Juliano, Sidnei, Lazinho, à Academia Lavrense de Letras, ao Foto Wildes e seus fotógrafos (Luiz Alberto, Pablo, Ednaldo, Felipe, Marcelo), ao pessoal da gráfica da UFLA, às diretorias do Clube de Lavras, às professoras Yonne Siqueira Fantazzini, Nely Furbetta Pinheiro, ao Dr. Mário Figueiredo Filho, ao músico Ogmar Panzera, ao Walter e Édio, Nércias' Buffet, a Celeida M.Tubertini Maciel, Marlon Hudson de Lima (Designer), João Ariel Belegante, ao Prefeito Municipal de Lavras, Dr. Carlos Alberto Pereira, ao Secretário de Governo, Dr. Carlos Evandro de Oliveira, aos personagens e locais enfocados, aos leitores, a Lavras, sua história, sua gente.

O autor.

CARO LEITOR
A finalidade da publicação deste livro é no sentido de oferecer aos lavrenses e turistas, uma obra útil a indicar os principais motivos históricos, geográficos, artísticos, políticos, culturais, vultos de Lavras, sua história, sua gente.

Este compêndio contém informações importantes sobre a cidade e está inteiramente ilustrado com fotografias coloridas e em preto e branco que servirão para o leitor ver, conhecer e recordar Lavras.

É um retrato de corpo inteiro, um painel da minha paixão.

LAVRAS - SANTUÁRIO DA CULTURA BRASILEIRA -
O autor.

MENSAGEM 
Registrar a história de Lavras e sua gente, sem dúvida, é alguma coisa que sempre idealizei em poder contribuir.

Quis o destino trazer à minha pessoa, a possibilidade de, como, honrosamente, prefeito desta cidade, a realização de um sonho, o de poder levar às pessoas, os fatos que contribuíram com a consolidação da história política, social e econômica de nossa terra.

Tenho certeza de que o escritor desta obra, professor José Alves de Andrade, foi de felicidade ímpar, ao discorrer sobre os variados temas propiciando a todos um jeito gostoso e agradável de se conhecer e recordar nossa cidade, que, embora de vaga lembrança, não eram alicerçados em fatos registrados.
O desenvolvimento que propus em empreender em nossa cidade terá, certamente, uma base sólida e eficaz, na busca de um progresso, onde o respeito à história e tradição sejam marcos iniciais para proposta de um novo tempo, com mais justiça social e sobretudo, amor a Lavras e toda sua encantadora gente.

Que o bom Deus nos permita sempre, trabalharmos incessantemente, para o bem estar e paz no planeta terra.

DR. CARLOS ALBERTO PEREIRA
COMO CHEGAR A LAVRAS
MAPA DA CIDADE DE LAVRAS
PREFÁCIO

O Universo é muito velho e os seres humanos, muito recentes. Os acontecimentos importantes em nossas vidas pessoais são medidos em anos ou em unidades ainda menores; nossa vida em décadas, nossa genealogia familiar em séculos e toda a história registrada em milênios.

Para nos localizarmos no tempo utilizamo-nos de ferramentas das mais variadas. Os geólogos usam da estratificação geológica e da marcação radioativa para obter informações da idade da Terra. Em uma escala um pouco maior, físicos formulam teorias para compreender melhor a idade do Cosmo onde vivemos; e dentro deste cenário fica a pergunta: Como surgiu o homem? 

Como se dão essas lapidações dos eventos do mundo exterior através de nossos sentidos e a partir daí, construímos uma forma peculiar de nos comunicarmos? A evolução dos seres humanos é sem dúvida outro assunto instigante que mexe com a nossa imaginação. 

O aspecto fundamental é que nós, seres humanos, estamos inseridos dentro deste Universo, e interferindo neste para melhor ou pior, com ações sublimes ou catastróficas, tornando-nos, assim, atores e espectadores dessa história feita de fatos, construída com muito empenho, luta, sacrifício e fé.

No Universo literário de “Lavras, sua história , sua gente”, o Prof. José Alves de Andrade nos traz de maneira ímpar a história de Lavras, (data de origem dados), fazendo-nos viajar entre passado, presente e futuro num arco imaginário multifacetado(-) preenchido de muitas histórias e personagens, que juntos irão compor o cenário político, econômico e cultural de Lavras. É isso que encontraremos quando penetrarmos neste universo de palavras, de lembranças, de poesia, nestas imagens que se vislumbrarão diante de nossas retinas, tal qual a contemplação do homem diante à beleza e o mistério do Universo.
Prof. José Alves de Andrade (o autor) cumpre seu papel não somente de historiador, porque não se trata somente de uma sucessão de fatos, pois a História transcende a si própria, trazendo à tona eventos construídos por homens que carregam consigo seus sonhos, esperanças, dores e conquistas; enfim, o que há de mais fascinante neste mundo, o próprio homem, “pedra preciosa” com a qual o autor soube lapidar muito bem em seu livro. 

Daí sua relevância como obra não somente no contexto histórico, mas também, e, principalmente, capturando a alma humana em todas as suas matizes, garimpando o “ouro” e trazendo até nós, amantes desta cidade, o que ela tem de mais belo: seu povo, sua história e sua essência.

É como mergulhar em um abismo cósmico repleto de explosões espetaculares da aurora de nossos tempos, e aos rodopios penetramos cada vez mais no âmago, na origem, contemplando fatos que marcaram a história do povo lavrense, e viajaremos com a nossa imaginação, trilhando as antigas ruas da cidade, pegando o bondinho que saía da estação do Oeste, percorrendo a avenida central, passando pela Igreja do Rosário, o Teatro Municipal, o Grande Hotel, e ao final da viagem iremos nos deparar com grandes indústrias, avenidas pavimentadas, o aeroporto, enfim, o progresso que hoje se instala e que convive em perfeita harmonia com a exuberante natureza: nossos ipês, a Tipuana, a Serra da Bocaina.

O escritor talentoso que brinda a todos com esta obra histórica nos brindou, também, com o que há de mais sublime no mundo: a vida.

Então leitores, ávidos por conhecer um mundo novo ou em busca de um cenário esquecido, perdido no tempo, boa viagem, sintam-se como os primeiros desbravadores desta terra, garimpem a fundo, absorvam toda a essência destas “lavras”, conhecida por seus ipês e escolas, e façam do livro uma maneira de manter viva a história (memória) de Lavras.

José Renato Pereira de Andrade
André Gustavo Pereira de Andrade
Que delícia viver aqui no sul das Gerais, nesta cidade que nasceu com a chegada dos bandeirantes, Francisco Bueno da Fonseca, seus filhos, outros. 

É realmente extraordinário viver a uma altitude aproximada de 810 metros, com ventos soprando do nordeste, sentindo uma temperatura média de 21º C., apreciar de perto ou mesmo à distância a Serra da Bocaina com sua paisagem incrivelmente linda, que tem o poder de despertar o amor à natureza, inebriar-se com as exuberantes quedas do Poço Bonito, ver de frente, de lado e o interior da Igreja do Rosário com suas riquezas do século XVIII, caminhar, passear pela Praça Dr.Augusto Silva, sentar para descansar à sombra da frondosa Tipuana e das Palmeiras Imperiais, curtir o canto dos pássaros, ou, ver a noite chegar, ir à Ponte do Funil e assistir a um show da natureza, visitar o Museu Bi Moreira para relembrar e reverenciar os vultos do passado, admirar os ipês floridos dispersos pela cidade e pelos campos, receber os ensinamentos nas escolas e universidades de primeira grandeza.



É gostoso viver numa cidade que tem uma atmosfera especial de quem vive no meio da cultura.

Não é por acaso que pessoas sensíveis declararam:
“Aqui se respira um ar de cultura”; “A Atenas Mineira”; “Uma das Capitais da Inteligência do
Brasil”; “Terra dos Ipês e das Escolas”.

Sua história é bonita. Vale a pena contá-la em verso e prosa.
Vale a pena dizer que o Município foi criado em 13/10/1831, elevado à categoria de cidade em 20/07/1868, e a Comarca, criada em 08/10/1870. 

Vale a pena dizer que ela limita-se com Ribeirão Vermelho, Perdões, Ijaci, Itumirim, Ingaí, Nepomuceno, Carmo da Cachoeira, cidades parceiras no desenvolvimento. Que ela está localizada às margens da BR 381 - Rodovia Fernão Dias, no eixo Belo Horizonte - São Paulo, que dista do Rio de Janeiro poucos quilômetros e está bem próxima do circuito das águas. Conta com uma área de 537 km2, cujo relevo é ondulado e montanhoso, que sua população aproxima-se dos 100.000 habitantes e, desta, quase 30.000 são estudantes.
Sua gente é formada por uma miscigenação de lavrenses, brasileiros, sírios, libaneses, portugueses, italianos, espanhóis, japoneses, alemães, franceses, Africanos.

Quem gosta de lugares civilizados, adora Lavras, pois ela é uma cidade limpa, segura, de gente educada. É uma cidade de cultura vibrante, de artistas, de atletas. É uma cidade de indústrias ativas, de comércio diversificado, de lojas bonitas, de fábricas de primeiro mundo, de hospitais bem aparelhados, de bons restaurantes, de muitas escolas, de bons profissionais, de uma imprensa escrita, falada e televisada atuante, de clubes de serviços participativos, de ótimos clubes esportivos, de uma segurança de primeira linha, de prédios verticais contrastando com as construções na horizontal, de muito verde, lugar onde se fazem boas e duradouras amizades.

É uma cidade que, em tempo de aula, tem uma agitação o dia inteiro, nas bibliotecas, no museu, nas lojas, nos bares, restaurantes, nos clubes, nas repúblicas, nas praças, nas ruas, nas escolas, nas universidades, no shopping.

É um espetáculo impressionante.

É muita gente jovem bonita desfilando pelas ruas, crianças fazendo peraltices, homens e mulheres trabalhando, estudando, e gente da terceira idade curtindo as delícias do viver.

Em Lavras se pratica o culto à cultura, ao esporte, ao trabalho, à arte. Daí, as suas tradições. 

Viver em Lavras e a tudo assistir é ter uma visão privilegiada, do nascer ao pôr-do-sol, das noites às madrugadas, prendendo nosso olhar, nosso coração, gravando imagens espetaculares que permanecerão para sempre em nossa memória. 

Lavras - você é um amor de cidade.

AGENTES EXECUTIVOS E/OU PREFEITOS
Lavras - Cultura e Progresso
Lavras teve os seguintes agentes executivos e, ou prefeitos: 
José Antônio Diniz Junqueira-1832,
Tomás de Aquino Alves de Azevedo-1833/1837,
Antônio Simões de Souza-1838,
Tomás de Aquino Alves de Azevedo-1839/1840,
Antônio José Teixeira de Souza-1841,
Dr. José Esteves de Andrade Botelho-1842,
João Evangelista de Araújo-1843,
Dr. José Jorge da Silva-1844,
Cap. Silvestre de Azevedo-1845,
Dr. Manuel Ferreira Martins-1846,
José da Costa Ribeiro-1847,
Cap. Silvestre Alves de Azevedo-1848/1849,
Dr. José Jorge da Silva-1850,
Dr. José Costa Ribeiro-1851/1852,
Manoel Ferreira Martins-1853/1856,
Comendador José Esteves de Andrade Botelho-1857/1858,
Dr. Francisco de Paula Alves de Azevedo-1859,
Comendador José Esteves de Andrade Botelho-1860/1862,
Dr. Joaquim Tomaz Vilela e Castro-1863/1864,
Saturnino José de Pádua-1865/1866,
Antônio José de Souza Lima-1867,
Dr. José Costa Ribeiro-1867/1868,
Evaristo José da Silva Pena-1869/1872,
Flávio Antônio Morais Salgado-1873,
Evaristo José da Silva Pena-1874,
José Augusto do Amaral - 1875/1876,
Dr. Francisco de Paula Ferreira Costa-1877/1879,
Comendador José Esteves de Andrade Botelho-1880/1881,
Dr. José Ferreira de Aquino-1882, Alferes João Ferreira de Oliveira-1883/1886,
Dr. Cândido Carlos Novais-1887/1888,
Dr. Francisco Martins de Azevedo Andrade-1889,
Dr. Cândido Carlos Novais-1890,
Dr. Augusto Salles-1892,
Dr. Augusto José da Silva-1893/1894,
José Goulart Vilela Bueno-1895/1897,
Dr. Antônio da Costa Pinto-1898,
Major Abdon Hermeto da Costa-1899,
Manoel Hermeto da Costa-1900,
Vicente de Paula Costa-1901/1904,
Cel. Pedro Salles - 1905/1909,
Dr. Álvaro de Andrade Botelho-1910,
Cel. Augusto Salles-1911,
Cel. Pedro Salles - 1912/1915,
Dr. Álvaro Augusto de Andrade Botelho-1916/1917,
Dr. João Augusto da Silva Pena-1918/1919,
Cel. Augusto Salles - 1920,
Cel. Cristiano José de Souza-1921/1922,
Dr. Paulo Menicucci - 1923/1927,
Cel. Pedro Salles-1928/1929,
Delfino de Souza - 1930,
Manoel Augusto Silva - 1931,
Arlindo Ribeiro Salgado-1932,
Horácio Bueno de Azevedo-1933/1934,
Cel. Pedro Sales-1935/1939,
Jacinto Scorzza -1940/1945,
Dario Augusto Lins-1945,
Jacinto Scorzza 25/12/45 a 25/02/46,
Adolfo Moura-1946,
José de Oliveira e Souza-1947,
Artur Braga-1947,
Francisco Pinto de Souza-1947,
João Modesto de Souza -1947/1951,
Francisco Pinto de Souza-1951/1955,
João Modesto de Souza - 1955/1959,
Dr. Sílvio Menicucci - 1959/1963,
Dr. Tuffi Haddad-1961,
Dr. Maurício Ornelas de Souza - 1963/1967,
Dr. João Modesto de Souza-1967/1971,
Leonardo Venerando Pereira-1971/1972,
Sílvio Dâmaso de Castro-1973/1977,
Dr. Maurício Pádua Souza-1977/1982,
Antônio Carlos Marani - 1983,
Dr. Célio de Oliveira-1983/1988,
Dr. João Batista Soares da Silva, 1989/1992,
Dra. Jussara Menicucci de Oliveira-1993/1996,
Dr. João Batista Soares da Silva-1997/2000,
Dr. Carlos Alberto Pereira-2001/2004,
Dra. Jussara Menicucci - 2004/2008.
Dra. Jussara Menicucci - 2009/2012.
Com sua sede devidamente reformada no início da atual administração (2001/2004), pode trazer as evoluções necessárias ao atendimento de todos o munícipes.

GALERIA DE EX-PREFEITOS


PRESIDENTES DA CÂMARA MUNICIPAL DE LAVRAS

Uma preciosidade de cidade que se desenvolve através do esforço de seus líderes e de seu povo.

De 14/08/1832, data de instalação da Câmara Municipal de Lavras, até 1947, seus presidentes foram, obviamente, os agentes executivos e, ou prefeitos. A partir de 1947, a Câmara passou a ter vida independente e os seus presidentes foram:

Dr. Gilberto Vilela Teixeira (1947/48),
Dr. Genésio Botelho Pereira- 1949,
Dr. João da Costa Ribeiro (1950/51),
Dr. João Pizzolante (1952),
Dr. Jair Ribeiro Guaracy (1953/54),
Dr. Tuffy Haddad (1955),
Samuel Alvarenga (1956),
Gil Teixeira da Silva (1957),
Dr. Tuffy Haddad (1958/61),
Dr. José Alfredo Unes (1961/62),
Dr. Luiz Capistrano de Alkimim (1963),
Dr. Matheus Carvalho de Souza (1964/68),
Herculano Pinto Filho (1969),
Antônio Fráguas Sobrinho (1970),
João Batista Goulart (1971),
Dr. Orlando Haddad (1972),
Dr. Valdir Curi (1973/776),
Sebastião Ferreira (1977),
Clovis Ribeiro (1978/79),
Dr. José Lopes da Silva (1980),
Sebastião Ferreira (1981),
Aldair Ferreira (1982),
Sebastião Ferreira (1982),
Aldair Ferreira (1983/84),
Dr. Álvaro Eustáquio Pedrosa (1985/86),
Sylvio Fontes (1987/88),




GALERIA DE EX-PRESIDENTES


Atualmente, a Câmara Municipal está instalada num belo prédio, localizado na Praça Santo Antônio, bem no coração de Lavras.

Os edis se reúnem ordinariamente todas as segundas - feiras.
O número de vereadores é dezessete. 




Comarca de Lavras



Comarca é cada uma das circunscrições judiciárias em que se divide o território de um Estado da União, sob a jurisdição de um ou mais Juizes de Direito. 

A Comarca de Lavras foi criada em 08/10/1870. Comarca de grandes tradições é dotada de três Varas e classificada como Entrância Final, há muitos anos. Diante desta classificação, daqui, os juizes são promovidos para a Entrância Especial, na Capital Mineira.

Fazem parte da Comarca, as cidades de Lavras (sede), Ribeirão Vermelho, Ijaci e Luminárias.

Desde sua instalação até os dias atuais, a Comarca contou e conta com os mais ilustrados Juízes, que têm dado dignidade ao direito, se constituindo em orgulho da Magistratura Mineira e Brasileira. 

"Defensor natural das liberdades públicas e privadas, deve o juiz pairar tão alto que nem o favor, nem o temor possam atingir a sua consciência e perturbar a imparcialidade serena dos julgamentos. A sua independência é o próprio alicerce das sociedades livres", segundo Duque de Noialles, grande intérprete das Ciências Jurídicas. 

Juizes titulares da Comarca de Lavras:

Drs. André Martins de Andrade (14/03/1892 a 02/04/1898),
Tito Fulgêncio Alves Pereira (21/06/1898 a 24/04/1901),
Alberto Gomes Ribeiro da Luz (06/08/1901), sem data de saída),
Sabino de Almeida Lustosa (03/12/1917 a 15/02/1936),
Mário Cândido da Rocha (23/02/1936 a 26/02/1936),
José Bessone Oliveira Andrade (09/03/1936 a 11/03/1937),
José Godofredo Moura Rangel (25/04/1937 a 10/06/1937),
Dario Augusto Lins (05/08/1937 a 28/01/1946),
Edésio Fernandes (08/03/1950 a 20/01/1953),
Mário Nascimento Barbosa (11/02/1953 a 25/05/1957),
Lindolfo Paolielo (24/07/1957 a 05/03/1959),
Almir de Paula Lima (década de 50 a 70),
Carlos Vilhena Valadão (29/05/1959 a 02/09/1967),
José Zaroni (30/12/1967 a 29/06/1971),
Márcio Antônio Abreu C. Marins (18/10/1972 a 25/09/1976),
Francisco da Silva Araújo (09/11/1976 a 04/02/1977),
Geraldo de Abreu Leite (20/04/1977 a 07/10/1978),
José Altivo Brandão Teixeira (18/10/1979 a 02/05/1984),
Mário Simão Filho (06/07/1984 a 24/05/1988),
Carlos Borges (19/07/1988 a 24/01/1991),
Tarcísio Alves da Fonseca (29/04/1991 a 05/03/1998)
Antônio Afonso de Andrade Filho (20/01/1979 a 06/06/1984),
José Carlos Moreira Diniz (18/09/1984 a 04/02/1988),
Djalma Oliveira da Silva (17/06/1988 a 19/05/1993),
Adilson Lamonier (03/07/1989 a 18/05/1994),
Carlos Augusto de Barros Levenhagem (24/06/1996 a 14/03/1997),
Laurimar Leão Viana (16/05/1997 a 27/06/1998),
Orlando Aragão Neto (03/07/1998 a 04/08/1999),
Gelásio Marinelli Megale (02/06/1993 a 20/06/1996),
Marcos Alves de Andrade, titular da primeira vara (20/12/1996, em exercício),
Luiz Carlos de Azevedo Corrêa Jr, titular da segunda Vara (25/04/1998, em exercício),
Zilda Maria Youssef Murad, titular da Vara Criminal (08/10/1999, em exercício).


Por esta Comarca advogaram e advogam homens de notável saber jurídico desempenhando a mais complexa, bela e nobre missão da Justiça.

Da mesma forma pode nos expressar sobre os Promotores de Justiça que acompanham o homem, seus direitos e deveres, desde a fecundação até pós-mortis.

A Comarca teve e tem no transcurso de sua história, a atuação, dentre tantos, dos promotores: Drs: Hernane Franco da Rosa, Gil de Andrade Botelho, Duque da Rocha, Eunice Machado Merechi, Maria Aparecida Pinto Sena, Sebastião Alexandrino de Ávila, Lindolfo Barbosa Lima, Renato Maia, Hamilton Vieira Santiago, José Carlos de Araújo Cunha, Carlos Alberto Ribeiro Moreira (2ª Vara), Dimas Messias de Carvalho (Vara Criminal), José Célio Martins de Abreu (1ª Vara).



Escrivães, serventuários, oficiais e funcionários que no passado e no presente devotaram e continuam a devotar seu labor com zelo e competência à Justiça, na Comarca: 


João Theodoro de Souza,
Urias Dias de Melo,
José Maria Azevedo,
Lázaro de Azevedo Melo,
Djalma Dias de Oliveira,
João Crisóstomo,
Fernando Pinto de Assis,
Ruy Rodarte,
Nivaldo Cesarini Dias de Melo,
Juvenal Alves Torres,
Sebastião José de Carvalho,
José Marcos de Alvarenga,
Ivone Garcia Pereira, Ramiro Marques da Silva,
Ana Moura Assis,
José Walter da Silva (Escrivão da Secretaria Criminal),
Antônio Eustáquio dos Anjos,
José Dirceu, Sebastião José da Costa,
Hernani Magalhães,
Luiz Carlos Botelho,
Silas Murilo Bauth,
Helder Botelho Costa,
João Batista Alvarenga,
Salmo Mardem Guimarães (Escrivão titular da 2ª Secretaria),
Vera Lúcia do Amaral Landim (Escrivã titular da 1ª Secretaria),
Evandro Mendes Figueiredo,
Maria de Lourdes Assis,
Amauri Ney Soares,
João Batista Assis,
Dirceu da Silva,
Raimundo José Ferreira,
Néri Maria de Freitas Mendonça (Distribuição e Tesouraria),
Dalva Maria Pereira Abreu,
Massote, Marco Assis,
Jarbas Alves Torres,
Ofélia Rezende de Barros,
Maraisa Almeida Barbosa Lima,
Ana Lúcia Andrade Lima,
Luciana Aparecida R.M. Carvalho,
Jaqueline Alvarenga de Carvalho Freitas,
Maria de Fátima Vicente,
Violante Arantes Gomes,
Rosilaine Aparecida de Souza,
Maria Gicele Silva Pereira,
Rosângela Rezende de Souza,
Iracy Frans Rezende,
Luciene Garcia de Castro,
Maria José Alves de Carvalho Nassur, outros.

Também prestam serviços à Comarca os seguintes funcionários cedidos por outros órgãos: Maria Ortência Leão de Melo, Giuliane Barbosa de Moraes, Sheila Aparecida Pereira, Rosana Magela Maculan, Cleia Cândida Fernandes, Marilac da Silva Eugênio, Emerson M. Figueiredo, Andréia Aparecida Vianna Pinto, Terezinha de Fátima Pereira, Mirelli Aparecida de Souza.


JUÍZADO ESPECIAL




A história da Comarca de Lavras é uma história de grandes e belos julgamentos em defesa dos direitos dos cidadãos.


8º BPM



Sua história de glória, e relevantes serviços prestados às comunidades são reconhecidos a nível nacional e enchem de orgulho a Polícia Militar de Minas Gerais, a comunidade lavrense e admiradores, desde 19/09/1931, quando houve a transformação do Grupo de Metralhadoras Pesadas da Força Pública, em 8º Batalhão de Infantaria, pelo Decreto 10.068, do Governador de Minas Gerais, Dr. Olegário Maciel.

Inicialmente denominado Grupo de Metralhadoras Pesadas da Força Pública, depois 8º Batalhão de Infantaria, era sediado na Capital Mineira.

Era seu comandante em 1932, o Cel. PM. Fulgêncio de Sousa Santos, falecido no Túnel da Mantiqueira, no Movimento Constitucionalista daquele ano.

Em 28 de fevereiro de 1934, pelo Decreto nº 11.238, do Interventor Federal de Minas, Dr. Benedito Valadares Ribeiro, a corporação ganhou sua sede definitiva em Lavras.

Assim, em 21/03/1934, chegava a Lavras, o 8º tendo à frente o seu comandante Ten. Cel José Persilva, oficiais, sargentos e praças. Era um efetivo de trezentos e poucos homens. Os seus componentes foram recebidos com todas as honras pelo prefeito Dr. Horácio Bueno e pelo povo. A corporação ocupou, naquela época, os prédios da antiga Soteco, na Rua Misseno de Pádua, onde é hoje o Supermercado Rex; o da Praça Dr. Augusto Silva, onde está a firma Demacol e o da Praça D. Josefina (Posto Shell).

Em 14 de janeiro de 1936, foi dado início ao serviço de terraplanagem em terrenos adquiridos ao Dr. Paulo Menicucci, pelo Estado, nos Altos de Santa Efigênia, para construção do quartel. Em 20 de abril de 1937, foi inaugurado o primeiro pavilhão, bem como a luz elétrica naquele local, com as bênçãos da imagem e da Capela de Santa Efigênia. Simultaneamente, houve a mudança da 2ª Cia. para aquele pavilhão. Em 21 de fevereiro de 1938, foi inaugurado o 2º pavilhão, e no dia 22, foram para lá transferidas as 2ª e 3ª Cias. e a Cia. de Metralhadoras Pesadas, as quais se encontravam nos prédios da 

Praça D.Josefina e no Quartel da antiga Soteco. Em 20/07/56, foi inaugurado o 3º pavilhão. Em 13/02/64, houve a criação do Colégio Tiradentes, e, em 1967, a inauguração de sua sede própria.

Hoje, nos Altos de Santa Efigênia, temos um belíssimo complexo militar composto de vários pavilhões, um moderno stand de tiro, uma moderna academia de ginástica, um canil, um campo de futebol, uma praça de esporte, um bosque.

Aqui, um parêntese para destacarmos uma das melhores bandas que conhecemos a Banda de Música do 8º BPM, criada em 21/03/34, tendo sido seu primeiro regente o primeiro Sargento de Brigada Antônio Ferreira.

Estão instalados também nos Altos de Santa Efigênia, a 6º - RPM, Região da Polícia Militar, antigo CPA-6, Comando Regional da Policia Militar (criado pelo Decreto Lei número 25.381, em 27 de janeiro de 1986, e instalado no dia 29 de abril de 1986, tendo sido seu primeiro comandante o Cel. PM. João César Chiari Campolina), responsável pelo policiamento no Sul de Minas; a Polícia Florestal e a Polícia Rodoviária Estadual.

Ao longo de sua trajetória histórica, o 8º BPM desenvolve suas atividades a proporcionar segurança aos cidadãos através de um trabalho sério e com competência, em 37 municípios, 02 distritos, numa área dividida em 04 subunidades, destacando-se as cidades de Lavras, Campo Belo, Oliveira, Andrelândia, com empenho de militares masculinos e femininos, com um efetivo aproximado de 853 PMs.

O 8º BPM, um dos braços da Milícia de Tiradentes, é motivo de orgulho para Lavras, Minas e para o Brasil.

Sua data de aniversário é 11 de julho.


Seus comandantes foram: 

Cel. Fulgêncio de Souza Santos (11/07/32 a 13/07/32;
Ten. Cel. José Persilva (13/07/32 a 01/05/38);
Cel. Afonso Elias Prais (01/05/38 a 13/10/39);
Ten. Cel. João Batista Soares Junior (13/10/39 a 23/07/42; de 05/01/45 a 17/12/47 e 02/03/48 a 09/01/50);
Ten. Cel. Olavo R. dos Santos (31/07/42 a 17/09/43);
Ten. Cel. Antônio Pereira da Silva (24/01/44 a 30/12/44);
Major Raimundo A. Rodrigues (30/12/44 a 05/01/45);
Ten. Cel. Luiz de Carvalho (17/12/44 a 05/01/48);
Ten. Cel. José Rodrigues (20/01/48 a 02/03/48);
Ten. Cel. João Batista Soares Júnior (13/1039 a 23/03/42 de 05/01/45 a 17/12/47 e de 02/03/48 a 09/01/50);
Ten. Cel. Josino R. Pinto (09/01/50 a 22/01/51);
Ten. Cel. Luiz R.Santos (06/12/51 a 10/04/51);
Ten. Cel. José O. Campos do Amaral (10/04/51 a 30/04/52);
Ten. Cel. Mário N. Lindemberg (30/04/52 a 18/10/54);
Ten. Cel. Geraldo de Morais (05/11/57 a 28/06/59);
Cel. Washington Dias Aragão (28/06/59 a 07/04/63);
Cel. Antônio Norberto dos Santos (08/04/63 a19/02/65);
Ten. Cel. Paulo Reis (11/03/65 a 16/02/66);
Cel. Waldir Vítor Foureaux (17/02/66 a16/03/67);
Ten. Cel. Vicente Gomes da Mota (27/07/67 a 13/04/71);
Ten. Cel. Eudes Batista de Almeida (13/04/71 a 19/02/75);
Ten. Cel. Manoel Tavares Corrêa (19/02/75 a 17/04/79);
Ten. Cel. José Godinho dos Santos Filho (17/04/79 a 21/03/80);
Cel. Wantuir de Almeida Praxedes (21/03/80 a 12/12/80);
Cel. Wilson de Souza Carlos (12/12/80 a 09/02/82);
Maj. Itamar de Oliveira Pacheco (09/02/82 a 27/05/82);
Ten. Cel. Itamar de Oliveira (27/05/82 a 29/03/83);
Ten. Cel. Wilbur de Oliveira e Silva (29/03/83 a 31/07/83);
Maj. Mário Lúcio Calçado (31/07/83 a 14/10/83);
Ten. Cel. Antônio Egg de Resende (14/10/83 a 07/01/87);
Ten. Cel. Mário Lúcio Calçado (07/01/87 a 04/05/89);
Ten. Cel. Lerson Carlos Ribeiro (04/05/89 a 11/05/89);
Ten. Cel. Fabiano Marques Ferreira da Silva (11/05/90 a 04/02/92);
Ten. Cel. Dalmir José de Sá (04/02/92 a 30/07/93);
Ten. Cel. Henrique Eloi do Nascimento (30/07/93 a 12/0296);
Ten. Cel. José Nunes Rodrigues (12/02/96 a 06/03/98);
Ten. Cel. Hélio dos Santos Júnior (05/03/98 até o dia atual)

GALERIA





PRAÇA LEONARDO VENERANDO PEREIRA

- NADINHO-


Apreciar a beleza, a arquitetura, o charme das fachadas dos sobrados e casas antigas, no centro da cidade, como a do Coronel José Moura, da família Azevedo, da família Max Metzger, pai do Dr. Otto Metzger (hoje Amarante), do Ciro Arbex, deixando a presença do passado em evidência, é um verdadeiro sonho. Apreciar com a mesma emoção as construções novas, os prédios de muitos andares, mostrando a evolução dos tempos e, dando à cidade, os ares da modernidade, é sentir que Lavras está progredindo cada vez mais e nós nos orgulhamos dela.

Assim, cercada por construções antigas e novas, vemos, pulsando no coração de Lavras, um verdadeiro tesouro verde, a PRAÇA LEONARDO VENERANDO PEREIRA - NADINHO - composta de um cenário colorido, com a grama verde, mesclada com flores de espécies diferentes e multicoloridas, envolvidas por árvores, arbustos, calçada portuguesa, bancos delicados, luminárias, todos encobertos por um lindo céu azul, sob a luz do astro rei ou, pela noite estrelada, iluminados pela lua, lugar ideal para quem procura paz, tranquilidade e um contato com a natureza.

E não é só. Adornando-a, sem, contudo quebrar-lhe o equilíbrio, a harmonia, os encantos vêem em sua extremidade, os mastros, suportes onde são hasteados os pavilhões Nacional, Estadual, Municipal, por ocasião de solenidades cívicas; no seu interior, o Obelisco (pirulito), todo imponente, construído em 1944, dedicado à Juventude Lavrense; ao seu lado, recentemente inaugurada, a placa de identificação da Praça; mais acima, a herma do Prof. Firmino Costa, o Monumento edificado em homenagem aos Pracinhas Lavrenses; e, no final, o Relógio Eletrônico marcando o tempo, do tempo a correr.

É sempre um prazer falar, reviver, ressaltar, momentos inesquecíveis da vida de Lavras, de seus vultos, dos grandes acontecimentos cívicos, sociais, religiosos. Relembrá-los, repensá-los, reavaliá-los, é sempre muito agradável.

Mas, afinal, quem foi Leonardo Venerando - Nadinho?



LEONARDO VENERANDO PEREIRA - NADINHO - nasceu em Lavras, MG, a 06/08/1923, filho de José Venerando Pereira e Esther de Carvalho Pereira.

Passou sua infância e juventude em Lavras. Estudou as quatro primeiras séries na Escola Estadual Firmino Costa e o Curso de Contabilidade no Instituto Gammon.
Pela sua liderança, angariou a estima de pessoas que se tornaram seus amigos e admiradores como o Setenta, o Guri, o Altamiro, o Murilo (Balaco), Serginho Botelho e uma legião de lavrenses.

Seu hobby nessa época era pilotar.

Começou sua vida profissional muito cedo, em companhia do pai, Juca Venerando, na fábrica de Artefatos de Cimento. Nessa época, foi eleito presidente do Clube de Lavras e, ao lado de uma grande equipe, construiu sua nova sede.

Em 1951, casou-se com Meire Venerando. Desse casamento nasceram os filhos: Eduardo, Leonardo e Marcos.

Em 1962, foi para São Paulo trabalhar na Administração do Banco Nacional. Em 1970, voltou a Lavras, candidatando-se ao cargo executivo, sendo eleito. Foi prefeito de 1971 a 1972.

Como prefeito destacou-se porque asfaltou o centro da cidade, dando a Lavras um novo visual, visual de cidade grande. No seu mandato, bem assessorado, trouxe a Cemig, a Escola Estadual Dora Matarrazzo, aumentou o serviço de água e esgoto (captação, canalização) e muitos outros benefícios comunitários.

Ao deixar o executivo lavrense, ocupou cargos de relevância no governo estadual.

Foi um cidadão prestante.

Liderando equipes construiu o Cine Brasil, o Cine Rio Grande e trouxe a primeira Rádio FM para Lavras, a Rádio Rio Grande FM.

LEONARDO VENERANDO NADINHO - foi um líder político - faleceu em 07/03/94, deixando um grande vazio no cenário político lavrense e uma grande ausência no coração daqueles que o admiravam.


PRAÇA DR. AUGUSTO SILVA



No centro de Lavras, rodeada por instituições financeiras, estabelecimentos comerciais, prédios, igrejas, escolas, clubes, carros, ali está ela, toda imponente, sobre um tapete verde, bonita como sempre, vestida e ornamentada com cores lindas, verdadeiramente preparada para uma festa de requinte, a Praça Dr. Augusto Silva, quebrando com seus encantos, charme, elegância, a arquitetura de concreto que a envolve, ofertando a todos, gratuitamente, o oxigênio puro, combustível da vida, bem como a calma, a paz, a tranquilidade, o seu glamour.

A tipuana, plantada por Bernadino Maceira, um dos responsáveis pela formação da praça, em 1908, as palmeiras imperiais, o caramanchão, a fonte, os ipês, o semicoreto, juntamente com os detalhes que cada um acresce e vê, tornam-na a mais bonita das praças das Minas Gerais.

Não é à toa que entra ano, sai ano, os estudantes a curtem prazerosamente, as pessoas, diariamente, pela manhã ou à tarde, ali fazem suas caminhadas, outras se aportam para descansar à sombra de suas árvores, conversarem, receber o bafejo da brisa, ouvir o cantar dos pássaros, admirarem a beleza das flores e, à noite, assistir ao show das águas coloridas da fonte.

Domingo.

Ah! Aos domingos, as crianças são as donas da Praça Dr. Augusto Silva. Um verdadeiro formigueiro infantil toma conta dos seus quatro cantos. Aos olhos dos pais, brincam, correm, andam de bicicleta, batem bola, tomam sorvete, se deliciam com algodão doce, pirulito, tomam refrigerantes; as de colo seguram seus brinquedos e, quando não os têm, um balão colorido a flutuar no ar, preso ao braço, faz a festa daqueles olhinhos ingênuos e inocentes.



Orgulhamo-nos dessa praça maravilhosa, gostosa.

Para os idosos, quanta saudade, quantos devaneios, quantos sonhos! Para os jovens, o desfrute das delícias do hoje para que, no amanhã, também tenham saudade desse tempo.

Mas, afinal quem foi Dr. Augusto Silva?




Dr. Augusto José da Silva, filho do Dr. José Jorge da Silva (advogado), e de D. Joana Miquilina Bonfim, nasceu em Lavras, MG, em 05/07/1845.

Estudou as quatro primeiras séries em Lavras, as quatro últimas em São Gonçalo da Campanha (MG) e, o segundo grau no Mosteiro de São Bento, no Rio de Janeiro. Formou-se em medicina, na Escola da Corte, em 1872.

Médico, exerceu suas atividades laborais por dois anos em Lavras, transferindo-se depois para a vizinha cidade de Bom Sucesso, onde contraiu matrimônio com Belmira Cândido da Fonseca, em 1874. O casal teve seis filhos. Com a perda da esposa, retornou a Lavras, passando a residir na casa de sua irmã Elisa, que o ajudou a criar e educar os filhos.

Em Lavras e região, naquela época, não havia quase médicos e hospitais. Os doentes, sabendo da bondade daquele profissional, adepto e pregador da doutrina espírita o procuravam continuamente. Como a maioria de sua clientela não podia pagar, via-se, às vezes, privado de obter recursos para atender suas primeiras necessidades. Tomando conhecimento de tal fato, seus clientes passaram a cotizar levando-lhe, uma certa quantia, através de um anônimo que o fazia às escondidas, às altas horas da madrugada, pois ele se negava em receber tal ajuda. A finalidade daquelas doações era para ajudá-lo a manter-se e dar continuidade ao socorro que prestava à pobreza.

Era tão humilde que, certa vez, em Carmo da Cachoeira, por ocasião de uma epidemia de varíola, chegou a enterrar os mortos, uma vez que as pessoas daquela cidade, em pânico, não se atreviam a enterrá-las.

Mais tarde, foi para Belo Horizonte, onde clinicou e ocupou o cargo de Agente Executivo Municipal (cargo correspondente ao de vereador), por dois triênios. Foi provedor da Santa Casa de Belo Horizonte, na época de sua construção.

Era republicano e anti-escravagista.

Foi eleito para o cargo de Agente Executivo, na época que foi instaurado o regime municipal d a República, com 560 votos, em 22/02/1892, e em 27/03/1895, renunciou ao cargo.

Por onde passou, prestou relevantes serviços e era sempre lembrado.

Clinicando novamente em Lavras e região, em janeiro de 1905, casou-se pela segunda vez com Maria Benícia da Silva.

Em dezembro de 1905, faleceu o grande médico e espírita Dr. Augusto José da Silva. Seu enterro foi dos mais concorridos. Vieram pessoas de toda a região. Os pobres e seus amigos invadiam o local onde estava sendo velado seu corpo, ajoelhavam-se com os olhos banhados de lágrimas e, entre soluços, choravam a perda daquele grande homem.

Sua vida foi um exemplo de servir, capacidade, humildade, espiritualidade.

A herma erigida no centro da praça que leva seu nome, PRAÇA DR. AUGUSTO SILVA, é uma prova inconteste de que o lavrense não o esqueceu.


PRAÇA MONSENHOR DOMINGOS PINHEIRO



É sempre muito agradável se deleitar à sombra das árvores, receber o bafejo da brisa, admirar o colorido das flores, ouvir o canto dos pássaros, fantasiar sonhos nas noites enluaradas, trocar juras de amor, refletir, descansar.

Nesses momentos, sonhamos de olhos abertos, viajamos além da imaginação, sentimos a felicidade dentro de nós.

Benditas as mãos que preservam, cultivam e ornamentam templos, praças e jardins.
Lavras é detentora de inúmeras praças e jardins que quebram com seus encantos e suas belezas naturais, a dureza do concreto.

A Praça Monsenhor Domingos Pinheiro, além da Igreja secular, envolvida parcialmente pelo Colégio Nossa Senhora de Lourdes, possui uma diversidade de plantas que se misturam, embelezando-a com seus ipês, flamboyants, rosas, quaresmeiras, gramíneas, arbustos, vegetais com formas e cores próprias, cultivadas por Juca e Leonardo Venerando, Esther Carvalho Pereira, Sebastião Naves, dentre outros moradores e jardineiros. Em seus bancos, as pessoas podem descansar e apreciar a paisagem. As luminárias a clarear as noites, um piso especial que lhe dá nova vida fazem deste logradouro público, um lugar aprazível que agrada nossos olhos e nos alegra pela exuberância de seu visual.

Para os mais vividos, esta praça é um tempo de realidade e de lembranças.

A Praça das Mercês teve esse nome no início, devido à Igreja ali construída em 04/06/1819, por um grupo de moradores da Vila de Lavras, liderados pelo padre Manoel da Piedade Valongo de Lacerda, sob a administração do pedreiro Silvestre, um artífice, devoto da Santa. A Igreja das Mercês foi consagrada em 1849. Posteriormente, em homenagem ao fundador da Congregação das Irmãs Auxiliares de Nossa Senhora da Piedade, passou a se chamar Praça Monsenhor Domingos Pinheiro.



Naquele tempo, a praça contava com um lindo chafariz e um arco voltaico, bem defronte à casa do Juca Venerando, além, é claro, da Igreja, das plantas e de seus ornamentos tradicionais.

Um detalhe chamava a atenção: não havia água nas imediações e as pessoas da região buscavam no chafariz aquele líquido tão precioso à vida.

Ao longo dos anos, resistindo à implacável ação do tempo, a pequena capela sofreu algumas modificações, e a praça, também, mais que centenária, vem ganhando novos visuais.

Algumas famílias antigas e não tão antigas da redondeza da Praça: Bicalho, Bueno de Azevedo, Geni Silveira, Antônio e Álvaro Carvalho, Juca Venerando, José Pedro de Carvalho, Afonso Mesquita, Colégio N.S. de Lourdes, Donana Salles (mãe de Pedro Salles), Luiz, Delfino, Alfredo Marani, Jacy e Chiquita, Cinira, Olney, Palmira e Totó, Nena Zakhia, Belmira Botelho, Irmã Benigna, Bila Carvalho, Russi, Marani, Mesquita, Alves, Souza, Palhano, Carvalho, Borges, Maia, outras.

No momento, a Praça vem recebendo melhoramentos, tornando-a mais bonita, charmosa e atraente, através da iniciativa da empresa SN (Sebastião Naves) e da sensibilidade de seus diretores Dr. Iram Alvarenga e Kênia Rocha Naves que presenteiam Lavras com esta iniciativa, buscando preservar a natureza, demonstrando com este ato, amor ao meio ambiente e à nossa cidade.

A Praça Monsenhor Domingos Pinheiro é um lugar de paz, tranquilidade. Recanto perfeito e agradável para se repousar e curtir o ar fresco nas noites estreladas.


PRAÇA SANTO ANTÔNIO



Olhando para fora, da porta central da Igreja Santo Antônio, construída em 1837, vemos, à direita, a velha rodoviária, que tinha em sua parte superior, o Centro de Saúde, e, à esquerda, uma grande praça aberta.

Da rodoviária, construída pelo Sr. Francisco Narciso, no princípio da década de 50, nos recordamos que todos os dias partiam e chegavam pessoas, nas jardineiras, levando e trazendo sonhos. Do Centro de Saúde, pessoas as quais vinham em busca da cura de suas enfermidades físicas ou de medidas preventivas. Os médicos Drs. Orlando Haddad, Evaristo Vilela, Armando Amaral, Dirceu de Castro, Rafael Menicucci, Fernando Haddad e Dra. Dâmina Zakhia, os dentistas Drs. Dilton Barros, João Renato Pádua, José Guadalupe e Telde Romanielo, os enfermeiros Nego, D. Mariana, Maria Elisa, Ana Barros e Biluca, os funcionários Murillo Mendes Lima, Ubirajara, Osvaldo, João Paulino, e outros, estavam ali o tempo todo servindo à população.

Lembramo-nos das casas que circundavam a Praça e das famílias ali existentes: Noemia Goulart (D.Mica), Geraldo Godinho (Iado), Maria (pais do Ebron, João, Dimas, Bento, Dartanhan, Maria), João Batista (João Margoso e Lozinha), pais do Dirceu, Jairo, Gilberto, Dirce..., Dolores e Elza Barros, (Tadeu, Joel...), Antônio Vilas Boas, Eunice (Dr. Claret, Cristina), D. Jandira, Sr. Lazarino (pai do Dr. Erlei...), D. Jorgina, Vítor Pomárico (pai da Belinha...), Antônio Souza Pinto (pai do Daniel da padaria...) Jorge N.Gouveia ( Jorge Segredo e Maria) pais do Márcio, Jorge, Marcelo, João, Maurinho..., José Batista Lúcio(Zé Barrigudo), pai da Vera, do João, Ana Batista, Sgtº Ernesto, Sr. Augusto Fidelis do bar Mineirão, (pai do Ricardo...), Brenda Camisão, (Tatão e Marília), Vera e Nelson Boeri, descendentes dessas famílias e de tantos outros moradores.

Da praça aberta nos recordamos da garotada brincando, jogando finco, futebol, soltando pipas, e, temporariamente, quando chegavam os parques e circos, ajudava montá-los para ganhar ingresso de entrada, daqueles que aqui vinham para brindar crianças e adultos, fazendo-os viajar no tempo e a felicidade encontrar.

Recordamos dos parques Sul Americano, Tupã, Porroque, Mexicano e outros, com instalações inebriantes, dotadas de roda gigante, sombrinhas, cavalinhos, balanços, tiro ao alvo, barracas de pesca de peixinhos, de argolas, de cigarro, serviço de alto falante, com recados para as pessoas e com músicas da época, venda de pipoca, algodão doce, amendoim torrado com casca, tudo, tudo iluminado com luzes coloridas, dando a impressão de estar no país das mil e uma maravilhas.



Dos circos Garcia, Internacional, Águias Humanas, Romano, Maia, Leléu, Cheiroso, Bibi, Carlito, Americano e outros, com acrobatas, palhaços, ilusionistas, atores, artistas, cantores como Roberto Carlos, globo da morte, teatros, animais adestrados ou selvagens, apresentando espetáculos inesquecíveis divertindo e emocionando plateias de todas as idades, fazendo, às vezes, com que crianças e adultos sem condições de comprar ingresso passassem por debaixo do pano para assistir ao show e, muitas outras, saíssem correndo de medo do gado bravio que escapava das touradas.



Por falar em circo, essa modalidade de divertimento existe desde as mais remotas civilizações, mas atribuem ao romano Rômulo, a construção do primeiro circo e da frase - panis et circenses - (pão e circo).

Que saudade dos circos e dos parques com seus espetáculos e encantos!

De volta ao presente temos, do lado direito da Igreja de Santo Antônio, o prédio da Câmara, onde os legisladores fazem e aprovam as leis. Do lado esquerdo, o velório São João Batista, construído pelo Padre João Batista Prost, em 1982, local onde os entes queridos são velados e as pessoas choram sua partida com saudade.
Da alegria da infância, dos espetáculos e ilusões dos parques e circos, à tristeza da despedida.

A vida é assim, um contraste, para que possamos refletir sobre ela.
Praça Santo Antônio, um lugar muito especial, de felicidade, de lembrança e de saudade.


AVENIDA PEDRO SALLES



E as sirenes silenciaram.

Já não se ouve mais o som das sirenes anunciando o início e término de turnos das indústrias e empresas localizadas na zona norte de nossa cidade.

Já não vemos mais aquele formigueiro humano uniformizado, trabalhadores da Rede Mineira de Viação, da Metalúrgica Matarazzo, da Cia Fabril Mineira, do I.B.C., descendo e subindo a Avenida Pedro Salles, a pé, de bonde, de ônibus, de carro, de bicicleta, de moto, de lambreta, uma verdadeira multidão produzindo riquezas, criando satisfação, levando e trazendo esperança.

Trabalhadores anônimos construindo o progresso do Brasil e de nossa cidade, criando suas famílias, hoje, muitos já aposentados, em cuja memória guardam tantas lembranças, e, outros, presentes apenas na saudade.

Era vida, era alegria, era festa.

O sorriso era um imperativo constante nos rostos daqueles. Nos pátios, defronte aos portões da Rede, da Matarrazzo, da Fabril, do I.B.C., nos pontos de ônibus, bonde, as rodinhas, as prosas, “os causos”, os namoros, as discussões e os arranjos eram constantes e faziam a felicidade deles e de suas famílias.

Ah! O Cine Ipê, os Clubes dos Ferroviários e dos Comerciários, quantos filmes inesquecíveis, quantas atividades sociais, quantos artistas e cantores famosos, quantas festas, quantas bailes marcaram época.

Também não podemos nos esquecer de que ao longo da avenida estavam muitas edificações e muitas delas continuam: O Gammon, o bar dos Estudantes (do turco), o Bazar Cruzeiro (do Miguelzinho), os escritórios das indústrias de Cal do Bié Pinheiro, do Pererinha, as farmácias do Sr. Tonico, do Pharma, Naly (do Ênnio), Brasil (do Ismael), a Alfaiataria do Sr. Geraldo Pereira, as sapatarias do Sr. Juquinha e Sr. Geraldo Vítor, mercadinho do Sr. José Felipe, as pensões Brasileira, Mineira, da D. Chiquinha e do Romão, o bazar São José, do Julinho, a casa Bianchini, a Casa Mesquita, a venda do Zé Pinto, a barbearia do Nhozinho, os bares do Paulo, do Gué, o Hotel Oeste, o posto Santo Antônio, a lavanderia do Sr. Geraldo, a sapataria do Edmundo, a Divisão da RMV e tantas outras a testemunhar e contar a história daqueles trabalhadores, dos moradores da zona norte, de Lavras.

Tempo bom. Quanta saudade.

E a Avenida Pedro Salles continua ali toda pomposa servindo de caminho para todos aqueles que descem e sobem em busca de seus sonhos e para aqueles que desejam matar a saudade dos tempos de outrora.

Mas, afinal, quem foi Pedro Salles?



PEDRO SALLES nasceu em Lavras - MG, em 29/06/1870, filho de Firmino Antônio de Salles e D. Ana Cândida de Salles.

Tinha como irmãos: Elvira Salles, Francisco Antônio Salles, Augusto Salles, Ernestina Salles e Álvaro Salles.

Desde a infância mostrou um grande poder de liderança junto a seus pares. Na juventude e na idade adulta não poderia ser de outra forma. Nasceu líder. Nasceu para comandar e realizar.

Sua linha de atuação na comunidade era pautada na serenidade, na honradez, na capacidade de produzir, dando sempre o melhor de suas energias e de seus esforços pela causa comunitária.

Conduziu-se durante toda sua vida, administrativa, política e como cidadão, de forma inquestionável. Era admirado por todos e legou uma infindável lista de melhoramentos à nossa cidade.

Instalação da força e luz elétrica, a primeira agência bancária em Lavras, do Banco de Crédito Real de Minas Gerais, na qual foi seu primeiro gerente e sua mãe, a primeira correntista, o jardim da Praça Dr. Augusto Silva, calçamento das ruas da cidade, ampliação da captação e distribuição de água, serviço de esgoto, construiu estradas, a usina do Cervo, inaugurou a linha do bonde, instalou o telégrafo e inaugurou inúmeras obras da iniciativa dos governos federal, estadual e de particulares como: a equiparação do Ginásio de Lavras, a instalação do primeiro grupo escolar, a fundação da ESAL, a ligação férrea de Lavras a Barra Mansa, a construção das oficinas da Rede, a inauguração do Teatro Municipal e outras conquistas para Lavras, inspiradas sempre no seu amor à terra.




Exerceu, dentre tantos cargos, o de vereador, presidente da Câmara, prefeito municipal, membro efetivo do Conselho Fiscal do Banco Mineiro do Café; foi um dos fundadores da Associação Comercial de Lavras e secretário administrativo da Santa Casa de Lavras.

Foi casado com Maria Augusta Penna Salles. O casal teve os filhos: Luiz, Alcide, Olga, 
Eunice, Valdomiro e Pedro.

Pedro Salles faleceu em 19/10/1963, deixando toda a população consternada e Lavras perdeu uma das figuras mais expressivas e uma de suas grandes reservas morais.

Cel. Pedro Salles, como era intitulado, foi um exemplo de homem público e Lavras rende à sua memória, suas homenagens.


AVENIDA DR. SÍLVIO MENICUCCI



A beleza de Lavras está no amor com que as pessoas vêm lhe dedicando ao longo de sua existência. Suas casas, prédios, igrejas, hospitais, praças, jardins, ruas e avenida, não existem por acaso, têm as suas histórias. Suas avenidas e ruas cortam a cidade e correm de norte a sul, de leste a oeste. As avenidas, usualmente, são mais largas do que as ruas. 

São orladas por árvores, prédios, casas de moradia, passarelas, passeios. Constituem um lindo visual.

O significado da palavra avenida vem do francês - avenue.

Hoje, vamos falar da Avenida Dr. Sílvio Menicucci, uma das muitas existentes em Lavras, cujo traçado fôra feito sobre parte do leito da antiga estrada de ferro da Rede Mineira de Viação, nos tempos em que o engenheiro-chefe era o Dr. Ismael Azevedo Alves. Ela tem início nas imediações dos portões da Universidade Federal de Lavras, caminha para a Vila Ester, bairro Juca Venerando, estende-se ao longo da parte baixa dos bairros Nova Lavras e Olaria, em divisa com a Vila Brasília, passa pelo prédio da Prefeitura Municipal, dá acesso ao Lavrashoppinng, corta a Avenida João Aureliano, no bairro Centenário, chega ao condomínio Stone Village, Seminário Dehonista, indo até o final do condomínio Aldeia de Sagres, limitando-se com os bairros Padre Dehon e Jardim São Paulo.

É uma grande e bela avenida, quase toda plana, bem iluminada, hoje totalmente recapeada, onde, além das pessoas transitarem com seus veículos motorizados, elegeram-na para fazerem suas caminhadas matinais e vespertinas, cuidar da saúde e manter a forma física.

Por ela, diuturnamente, veículos passam, se cruzam; pessoas caminham, se encontram, conversam, se distraem.

Mas quem foi Dr. Sílvio Menicucci?



Para falarmos do ilustre lavrense, buscamos um pronunciamento que fizemos em 1992, quando da instalação de sua herma na Praça Dr. Augusto Silva, defronte a de seu pai.

O tempo passou, mas a história gravou e conta a todos, tudo o que se passou na sucessão dos acontecimentos catalogados no livro da vida.

Façamos todos, neste momento, um mergulho na mente e no coração, celeiros da memória e dos sentimentos e juntos, vamos viajar através do tempo, relembrando o passado, trazendo para o presente as lembranças de atos e fatos que se tornaram indeléveis e marcaram a vida do nosso companheiro, médico, político e filho de Lavras.

Foi em 1914, mais precisamente, em 13/02/1914, que nasceu aqui em Lavras, Sílvio Menicucci, filho de Dr. Paulo e Maria do Carmo Menicucci.
Sua infância foi de um menino, como a dos outros daquela época, porém, mas, destacava-se dos demais pelos toques humanitários herdados dos pais.

Cursou as primeiras letras nas escolas de Lavras, Firmino Costa e Instituto Gammon, e mais tarde foi estudar e graduar-se na Escola Nacional de Medicina da Universidade do Brasil - Rio de Janeiro (então Capital do País).

Formado, casou-se com D. Nerina, vindo, em seguida, fixar residência em Lavras. Deste matrimônio tiveram os filhos: Carmem Sílvia, Marilena, Paulo Roberto, Gilda e Jussara Menicucci.

D. Nerina foi a companheira de todas as horas, a mãe, a educadora de seus filhos, o apoio firme, o incentivo de seus ideais e, sobretudo, a inspiradora de sua vida.

A família de Sílvio Menicucci é uma família que enobrece nossa cidade como tantas outras famílias.

Como cidadão, Dr. Sílvio Menicucci teve uma vida muito ativa, destacando-se nos diversos setores de nossa sociedade, presidindo várias entidades filantrópicas e sociais.

No Rotary Club de Lavras foi sócio, membro de todas as avenidas e seu presidente. Pautou sua conduta dentro das normas rotárias e seguiu os lemas de Rotary: "Dar de si sem pensar em si" e "Quem não vive para servir não serve para viver".

Como médico fez de sua profissão sua própria vida, sua própria causa.

Pelo trabalho pôde engrandecer a sua presença e as suas realizações determinaram a dimensão de sua grandeza.

Sentia-se gratificado por militar na área da saúde, onde, através de sua habilidade cirúrgica, conhecimentos científicos, minimizava o sofrimento alheio, tendo sempre uma palavra amiga e reconfortante na hora da dor e da aflição.

Ainda como médico e membro do corpo clínico da antiga Santa Casa, aquela, naquele tempo, limitada em suas acomodações e recursos técnicos, idealizou e construiu o mais avançado complexo hospitalar do Sul de Minas, com tecnologia de ponta, resgatando, desta feita, um compromisso pessoal para com o povo de Lavras, numa demonstração de confiança recíproca, constituindo na verdade, uma perfeita sintonia do sentir, do pensar, do querer, do fazer, no edificar de uma obra extraordinariamente necessária, e que aí está testemunhando a sua presença sempre viva.

Político, destacou-se como o orador das Alterosas. Foi admirado, respeitou e foi respeitado pelos adversários e correligionários. Foi grande por saber pensar antes de agir, de ouvir, antes de falar, não diminuir quem quer que fosse, e principalmente por valorizar a capacidade de cada um que estava a seu lado, e não se esquecer de seus colaboradores após as campanhas políticas.

Foi prefeito de 1958 a 1962, tendo contribuído de forma eficaz para o desenvolvimento do município. Atuante, elegeu-se deputado estadual pelo partido MDB, em 1968, com uma expressiva votação, mas teve seus direitos políticos cassados por defender os lídimos ideais democráticos.

Sua liderança política ultrapassava fronteiras e por isso mesmo participou ativamente da campanha presidencial de JK, e foi um dos articuladores da campanha que elegeu Tancredo Neves, Governador de Minas Gerais.

De volta à política, faleceu em 17/10/82, após um importante pronunciamento em praça pública.

Dr. Sílvio Menicucci merece a memória e o elogio das gerações pela força de caráter, grandeza de espírito, bondade, liderança, amor ao próximo, pois foi um companheiro, um cidadão, um médico, um político, um filho que Lavras guardará para sempre no coração.


RUA DR. FRANCISCO SALLES



Essa rua inicia-se no final da Praça Leonardo Venerando Pereira e se estende até a Praça dos Trabalhadores, onde se bifurca e dá origem, à esquerda, à rua Dr. Melo Viana, e, seguindo, à rua José dos Reis Villela.

Nos tempos idos, e, ainda hoje, é considerada o centro comercial e uma das principais artérias de Lavras.



Quem não se lembra da Distribuidora, garagem do saudoso bondinho que percorria diariamente a Rua Direita, localizada onde é hoje a residência do casal Paulo Guida e Martha. A velha construção da Santa Casa, que deu origem àquele magnífico edifício ali construído, dos Estabelecimentos Zakhia, da farmácia do Sr. Chiquinho Narciso (pai da simpática Mariinha Narciso), do armazém do Sr. Julinho Lima, da Auto Máquinas do Túlio e Luizinho Vieira, da Casa Rádio Som, da Eletrovidros Zakhia (do Fábio Mazochi), da Loja do Vasco, da farmácia do Sr. Gil Teixeira, do bar Polar, do Bazar Mineiro, do Restaurante Pingüim, do Armazém do Rex, da Modelar, do Cavazza, da Farmácia Hermeto, do Juca do Portão, da Tita, da Maria Vilela (da sanfona), das famílias Ribeiro, Fidélis, Florenzano, Selvati, da Casa Nara, da loja do José Pinto, dos alfaiates Roldão e Mário, da Farmácia do Zé Pedro de Castro, do restaurante do Zezito, da Glória Lavrense do Haical Haddad, do bar do Miguelão, do Zé Lima, do Bazar Tip Top, do INPS, hoje INSS, da loja do Paulinho Vieira, do salão de barbeiro João Barão, da Casa Verde do Anísio, do dentista Gil Serra Negra, da Casa Cherem, do João Arbex, do Quincas Guimarães, do Anísio Alves de Abreu, da Casa José Surur, da Casa Sta. Maria, da Casa Murad, do Juca Romanielo, do Posto Maurício, da Casa de Couro Stº. Antônio, da loja do Zarica, e tantas outras.

A rua Dr. Francisco Salles continua sendo um grande centro comercial, sob os olhares da Matriz de Sant'Ana, da Escola Estadual Firmino Costa, mas, agora com outros comerciantes, com outros moradores que lhe dão outro visual mais moderno, para atender aos anseios das novas gerações.

É uma bela vitrine, onde as pessoas podem expor, admirar, vender, comprar necessidades e seguir seus caminhos.

Uma rua repleta de histórias.

Mas afinal, quem foi Dr. Francisco Salles?



Dr. Francisco Antônio de Salles nasceu em Lavras, em 29/01/1863, filho de Firmino Antônio Salles e de D. Anna Cândida de Salles.

Segundo pesquisas feitas nos artigos publicados em A Gazeta, de 22/01/33, e no Estado de Minas, em 20/01/1968, outros periódicos, arquivados no museu Bi Moreira, Dr. Francisco Salles iniciou seus estudos em Lavras, sob a orientação do professor Padre Américo Brasileiro; depois, estudou no seminário de Mariana, concluindo seus estudos de humanidades em Ouro Preto, em 1881. Logo depois, matriculou-se na Faculdade de Direito de São Paulo, bacharelando-se em 1886.

Formado, retornou a Lavras, estabelecendo sua banca de advogado.
Adversário intransigente das instituições monarquistas, entregou-se à atividade política propagando as ideias republicanas.

Candidatou-se deputado à Constituinte Mineira, que se promulgou a 15/07/1891. Desistiu do seu mandato e foi exercer a magistratura como Juiz Municipal da Comarca de Lima Duarte, por nomeação.

Atendendo a uma reivindicação do eleitorado do Oeste de Minas, voltou à política, elegendo-se para o Congresso Mineiro, onde foi presidente da Câmara dos Deputados Estaduais.

Foi Secretário das Finanças do governo Crispim Jacques Bias Fortes, em 1894, e Secretário da Viação e Obras Públicas, até 1897.

Foi Prefeito de Belo Horizonte, em cujas funções se houve com integridade e competência que o distinguiram.

Foi eleito Senador Estadual e Deputado Federal em 1900. Foi líder da bancada mineira e membro da Comissão de Orçamento.

Em Iº de março de 1902, foi eleito Presidente do Estado para o quadriênio 1902/1906.

Em 1906 foi eleito Senador Federal.

Declinou-se da honra de ser candidato à Presidência da República, indicando outro nome.

O Presidente da República, Marechal Hermes da Fonseca, o convidou para o cargo de Ministro da Fazenda, cargo que exerceu até 1912, quando retornou ao Senado e à Câmara Federal.

Sua trajetória política foi longa e harmoniosa, tendo galgado todas as etapas da carreira pública impelido pelas qualidades de caráter, inteligência, dedicação e patriotismo. Por isso mesmo, suas opiniões ponderaram muitas vezes nas soluções nacionais. Viveu servindo ao povo e à Pátria.

Dentre tantas contribuições a Lavras foi um dos responsáveis pela Ponte do Funil, instalação do Fórum, Grupo Escolar Firmino Costa, ligação Lavras-Barra Mansa, equiparação da Escola Normal, construção das oficinas da RMV, Ponte “Agostinho Porto”, construção da linha de bondes e estação.

Dr. Francisco Salles, em 1888, casou-se com Anna Adalgisa de Aquino.
O casal teve os filhos: Maria José, Maria de Lourdes, Maria Conceição, Álvaro, Paulo e Jacques.

Em 16/01/1933 faleceu o admirável lavrense Dr. Francisco Antônio de Salles, orgulho dos lavrenses e dos brasileiros.


RUA DO PASSA VINTE - CHAGAS DÓRIA



Por que Rua do Passa Vinte?

José do Silverinho, D. Lia e Acácio Almeida, moradores mais antigos daquela rua, relatam que naquele tempo ela era ainda pouco povoada, tendo em seus limites laterais, muros de tijolos (eram raros) de adobes (os mais comuns), cercas de bambu, mandacaru, plantações de eucaliptos e outras árvores. Seu piso de terra socada (batida), em época de chuva formava um lamaçal, e, em época de seca, uma poeira infernal. Era uma das vias, como ainda hoje, a permitir a comunicação de Lavras com São Paulo, Belo Horizonte e outras paragens -antes, feita pela estrada da Ponte do Funil. Diziam que, à noite, quando alguém transitava por lá, não passava só, fazia em grupo aproximado de 20 pessoas, com receio de ser agredido, ou então, é que por ali passaram os bandeirantes, por 20 vezes. Daí, o nome de Passa Vinte.

A rua iniciava-se de um lado, com a casa do Sr. Licas Vilela, pai do Dr. Geraldo Vilela e avô do Dr. Otto Metzer e, de outro, com a casa do João Árbex (armazém de secos & molhados). Onde era a primeira, temos hoje, o prédio dos Estabelecimentos Zakhia, e, na outra, o Shopping Center Universo. Caminhando rumo ao Lar Augusto Silva Asilo - em direção à antiga rua do Capim, que ali se iniciava, alguns casas e moradores como: Otávio de Souza, Dr. Lourenço Meniccuci Filho, onde construíram o prédio do antigo Cine Rio Grande, mais à frente, o casarão da esquina, o posto do Ciro Árbex, casa de D. Maricota, mãe do Nego enfermeiro, (oficina de lanternagem do Lê, capotaria do Valtinho).

Atravessando a esquina, Didico açougueiro, (G. de Novaes, hoje prédio da Cemig), D. Georgina, irmã do Dr. Lourenço, (hoje prédio do Bejinho), José Clemente, José Domingos (prédio do Acácio), João Rosa Botelho (delegado), Elisiário José de Abreu (prédio do Zé Silverinho), Bié Cassiano, João Justino de Lima (pai do Julinho Lima, avô do Petrônio Novaes), João Batista de Assis, João Teodoro, Orlando Azevedo, Juca Espanhol (pai do Lau), Chiquita Siervuli, Juca Eletricista, João Laurente, Alberto Teixeira, Aurélia (costureira), Francisco de Abreu (Chico Pão), Custódio Carvalho, Maurício Zakhia, João Clemente, Casaca Cherese, Geraldo Teodoro, Venâncio, Onório Rosa, Oficina Santana, Joaquim de Salles, José Terra, José Juca (ferrador de cavalo), Joaquim Elisiário, Nego Justino, Hélio Gonçalves (Fumeiro), Ten. Sebastião Gonçalves, José Toquinho, Anibal Teodoro, Natividade, Arlindo Gaspar de Abreu, Paulo Clemente, Gerson do Bonde, Moisés Lima, Sargento Alcântara Bento, Geraldo da Padaria, tantos mais, e, no final, o Lar Augusto Silva.


RUA CHAGAS DÓRIA



Por que Chagas Dória?

Em 18/04/1911 foi sancionada e promulgada a Lei Municipal número 489, que denominava Rua Chagas Dória a antiga Rua Passa Vinte, em homenagem ao grande engenheiro da Estrada de Ferro Oeste de Minas, que muito contribuiu para o desenvolvimento de Lavras: Francisco Manoel das Chagas Dória.

À guisa de esclarecimento, os bondes foram instalados em Lavras, na gestão daquele engenheiro, por iniciativa do Dr. Álvaro Botelho. A Câmara Municipal denominou uma rua de Lavras de "21 de Outubro", na Vila Murad, para marcar o dia da inauguração do serviço de bondes, segundo informações do historiador Eduardo Cicarelli.

A Rua Chagas Dória, sabemos, é hoje um polo comercial, mesclado com residências. Um comércio ativo de atacadistas, lojas, órgãos prestadores de serviços, madeireiras, posto de gasolina, venda de gás, comerciantes de carro, de autopeças, de pneus, açougues, padarias, papelaria, material de construção, armazéns de secos & molhados, clube de serviço (Lions), lojas de móveis, de vidro, eletrodomésticos, enxovais, de louças, de pescados, produtos agrícolas, materiais elétricos, bares, lanchonetes, restaurantes, salões de cabeleireiros, oficinas de lanternagem, farmácias, vídeos, serralheiria, oficinas de consertos de rádio e TV, agência de viagens.

De segunda a sábado, quem por lá passa, observa um verdadeiro formigueiro humano em busca de suas necessidades.

Ao contrário do passado, a Rua Chagas Dória, hoje, é totalmente pavimentada com piso asfáltico e bem iluminada, com famílias remanescentes daquelas e outras novas.
Antigamente por lá passavam 20. Hoje, passam por lá, muitas vezes, milhares e milhares de pessoas em busca de seus sonhos.


RUA JOÃO MODESTO DE SOUZA



Para encontrarmos o que almejamos na vida é necessário que tenhamos caminhos. Caminhos com nomes de trilhas, veredas, vias, ruelas, ruas, avenidas, estradas, rodovias. 

Eles nos conduzem a um outro país, a uma outra cidade, a uma outra pessoa.

Existem vários tipos de caminhos. Visíveis e invisíveis. Para atingirmos o material, passamos pelos primeiros, para o abstrato, pelos últimos.

Não importa que esses caminhos sejam largos, estreitos, retos, curvos, pequenos ou grandes. O importante é fazê-los, transformá-los nos atalhos que nos conduzam à paz, à alegria, ao amor, à felicidade.

O caminho mais seguro para se trafegar pela vida é o do amor. Nele encontramos os atalhos que tanto buscamos para encurtar os espaços existentes entre os homens.

Às vezes, estamos fisicamente tão próximos, mas em pensamento nos encontramos tão distantes uns dos outros, que, se não houver esse caminho especial, o caminho do amor, para nos aproximarmos, sentir-nos-emos sempre afastados.

Caminhamos, andamos, passamos por eles, uma ou tantas vezes, e, sequer, sabemos seus nomes, ou quais são os detentores merecedores daquelas homenagens.

A Rua João Modesto de Souza, e as ruas são caminhos que encurtam distâncias para chegarmos aonde desejamos.

As ruas, de um modo geral, levam e trazem, subindo, descendo ou andando, pessoas, suas esperanças, seus sonhos.

Como os caminhos materiais nos levam a lugares diferentes, há um outro caminho interior, invisível, que nos leva ao coração do próximo, verdadeiro esconderijo da grandeza humana, lugar onde reside o carinho, a paz, o amor.

A Rua João Modesto de Souza é um desses caminhos, pois sua vida foi um exemplo de servir e amar o próximo.

Mas, afinal, quem foi João Modesto de Souza?



JOÃO MODESTO DE SOUZA nasceu em Lavras, em 04/10/1895, filho de Antônio Modesto de Souza e de Celina Dias de Souza.

Nasceu num velho casarão da Fazenda Bela Vista, nas proximidades do Rio Grande, Distrito de Ribeirão Vermelho, que nessa época, pertencia a Lavras.

Viveu sua infância na fazenda, praticando todos os tipos de travessuras. Montava bezerro, nadava, pegava passarinho na arapuca, matava frangos para retirar deles as tripas para servir de isca às suas pescas. De vez em quando ia às tradicionais festas da Semana Santa e Natal, em Perdões, para rezar e tomar conhecimento das novidades.

Aos oito anos iniciou seus estudos lá mesmo em Perdões. Para sair de casa foi uma dificuldade. Esperneou, chorou pra valer. Depois, enturmado, em companhia do Juca Procópio, Antônio Dias e Oscar, começou a fazer das suas diabruras. Roubava frutas nos quintais, soltava papagaio, fumava e para não deixar vestígio do cheiro, mascava folhas de magnólia e goiabeira. Comandou nessa época uma banda de música de canudos de bambu, que era um verdadeiro martírio à população.

Fez as quatro primeiras séries na escola do Senhor Gomide. Dali foi para Silvestre Ferrás, no Sul de Minas. Com a partida, mais tristezas, mais lágrimas. Andou 13 léguas em lombo de cavalo trotão até Três Corações e, depois, viajou no trem da Rede Mineira de Viação até o destino. Lá permaneceu três anos. Depois, Ouro Preto, por dois anos. Transferiu-se depois para o Rio de Janeiro, onde ficou por oito meses, preparando-se ao Exame de Admissão à Escola Superior de Agricultura. Aprovado, foi cursar a Escola Superior de Agricultura em Pinheiro, tendo abandonado os estudos em julho do 3º e último ano, por causa da morte de sua mãe e a enfermidade súbita de seu pai, causada pela separação da companheira.

Iniciou assim, a administração da fazenda, colocando a teoria adquirida na escola, com a prática do dia-a-dia. Como a fazenda do seu pai era próxima à do seu tio, fazia a ela muitas visitas e acabou namorando e casando com sua prima Augusta de Souza, no dia 24/04/1919, com quem teve os filhos: Paulo, João Batista e Fábio. Teve os netos: Helena, João Batista e Maria Lúcia, filhos do casal Paulo Modesto de Souza e Terezinha.

Trabalhou muito, desde a enxada até o machado. Lutou dia e noite na fabricação de açúcar e aguardente. Às vezes, só tinha oportunidade de ver o filho Paulo, dormindo, pois saía de casa às duas da madrugava e chegava às dez da noite. Depois de oito anos de luta, mudou-se com a família para Lavras, mas continuou seu trabalho na fazenda. A companheira fiel, abnegada, trabalhadora, além de boa esposa, boa mãe, ainda ajudava a completar o orçamento doméstico, fabricando doces e salgados para serem vendidos no comércio local.

Em 1948, por força de circunstância, seu nome de batismo, João Dias de Souza, passou a ser JOÃO MODESTO DE SOUZA.

Dedicou de corpo e alma, sua vida, juntamente com a esposa, antes e depois da política, ao Asilo Lar Augusto Silva, que sempre foi a “menina dos olhos do casal”. Não foi por acaso que se tornou um companheiro rotariano, fazendo parte deste clube de serviço que tem como um de seus lemas “SERVIR”.

Ocupou vários cargos públicos: presidente da Comissão Censitária do Departamento Mineiro do Café, do Lavras Esporte Clube (hoje Olímpica), Associação Rural de Lavras, sócio-fundador e presidente do Clube de Lavras, presidente da Praça de Esportes (Lavras Tênis Clube), presidente da Associação Lavrense de Amparo aos Pobres(Asilo).

Como político, destacou-se como vereador em Ribeirão Vermelho, prefeito de Lavras, por quatro mandatos tendo como vices: Dr. Nelson Figueiredo, Dr. João Pizzolante, Francisco Pinto, Dr. Geraldo Vilela. Foi vice-prefeito no mandato de Francisco Pinto de Souza. Foi presidente da UDN por vários anos. Suas conquistas pessoais e políticas foram oriundas de sua pessoa e de seu jeito de ser, por ser ele um homem bom, amigo, capaz, altruísta. plagiando alguém, “Modesto como seu próprio nome”.

O homem, o político, o cidadão JOÃO MODESTO DE SOUZA, através de sua trajetória, demonstrou ser um grande administrador, um bravo, um grande chefe de família e, sobretudo, um grande ser humano, que dentro de sua simplicidade, humildade mostrou como se pode amar e servir ao próximo com palavras e ação. Suas inúmeras obras espalhadas pela cidade, jamais serão esquecidas.

Ele faleceu em 17/11/77.

Somos e seremos eternamente agradecidos ao legendário e grande figura humana, prefeito JOÃO MODESTO DE SOUZA.


RUA AMÉRICA DE MOURA MAIA



No centro da cidade, ligando os bairros Retiro e São Paulo, lá está ela cortando ao meio a Avenida JK, onde mora um dos seus filhos. De um lado, vai de encontro às escadarias que chegam à Rua João Modesto e, de outro, ao bairro centenário, obra do saudoso Dr. Genésio Botelho, onde se localizam a UEMG, o Seminário Dehonista, o Tiro de Guerra, a 

Prefeitura a Escola Adventista.

Durante o dia vê-se o fervilhar das crianças, o deslocar dos adultos, indo e vindo em busca de suas esperanças. À noite, a calma se faz presente oferecendo àqueles que ali residem, tranquilidade e paz para o descanso e, no recesso sacrossanto de seus lares, conversam, trocam ideias, assistem televisão, fazem leitura, curtem a família.

Trata-se de uma rua como as outras, constituída de casas e edifícios numerados que abrigam lavrenses de todas as classes.

De um extremo ao outro tem apenas algumas dezenas de metros, mas ali estão semeados e guardados os sonhos de seus moradores.

Mas afinal, quem foi América de Moura Maia?



D. AMÉRICA MOURA MAIA, América do Brasil Republicano, assim batizada pelo valoroso e destemido Republicano (em pleno regime Imperial), o então Intendente (cargo que corresponde hoje, ao de prefeito) das Lavras do Funil, Pedro Xavier de Moura, ou, simplesmente Pedro Moura, seu pai, que era casado com D. Maria Otília do Amaral Moura, também lavrense e filha do Coronel José Augusto do Amaral, nasceu em Lavras, em 18/11/1879.

Dedicou sua vida à família e a Lavras.

Foi casada com o capitão Gastão Maia, com quem teve os filhos: José Moura Maia, Sílvia Maia Jordão, Dulce Maia de Souza, Antonieta Maia Delfino, Gastão Maia Filho, Maria Eugênia Maia Fráguas, Cecília Maia Santana, Célia Maia da Rocha Faria, Flora, Paulo e Pedro, Henriqueta Maia Dias, Margarida Maia Magalhães, Pedro de Moura Maia, Geraldo de Moura Maia, Nilza Moura Teixeira e Aparecida Maia.

Viúva aos 42 anos, mãe de dezessete filhos, sendo três falecidos prematuramente, dona Memeca, como era carinhosamente chamada por todos, fez do casarão da família na Rua Santana, nº 8 onde ainda moram Ângelo (do Museu Bi Moreira) e Vera, filhos de Antonieta e Ângelo Delfino - pensão para estudantes da ESAL, sendo que dois deles casaram-se com filhas suas.

D. América de Moura Maia tinha verdadeira paixão pela cor roxa e, por essa razão, usava sempre um adorno desta tonalidade, como uma flor do lado esquerdo do peito ou um lenço no pescoço.

Mulher prendada, além dos dotes culinários, foi uma grande pianista e transmitiu para as filhas, esses pendores.

O casarão, ainda de pé, foi sempre muito frequentado e, mais ainda, muito alegre, recebendo visitas de pessoas amigas que lá se reuniam com as moças e com os filhos de D. Memeca para um animado sarau.

Foi madrinha de uma das filhas (a saudosa Cecília) do inesquecível Desembargador Alberto Luz, preclaro pai do deputado Carlos Ribeiro Coimbra da Luz (Carlos Luz), que, segundo informações, ocupou por horas, a Presidência da República, após a morte de Getúlio Vargas.

Um fato é sempre lembrado. Em 1936, secretário que era no Governo de Benedito Valadares, Carlos Luz veio a Lavras, em missão oficial, quando foi homenageado por Dona América, em seu casarão da Rua Santana, com a brilhante e generosa participação de um “jazz” formado por músicos do 8º BPMMG. Os doces oferecidos pela anfitriã eram de tal modo deliciosos que o secretário Carlos Luz pediu para levar alguns para casa...

Na política foi atuante, tendo herdado do pai a bravura, o destemor em suas atitudes. Consta que, certa vez, em uma manifestação de rua dos “inimigos” políticos, ao passarem esses em grande número em frente ao casarão, um dos manifestantes mais exaltados, atirou janela adentro, um foguete, levando D. América a sair à rua e agarrar aquele insolente pelos colarinhos, encostando-o contra a parede. Era uma mulher de porte atlético e muito destemida.

Foi exemplo de virtude, bondade e amor ao próximo. Era protetora dos menos providos pela sorte, paixão herdada do velho Pedro Moura.

Deve-se ao jornalista Luiz Gomide, quando vereador, ter a Câmara Municipal aprovado um projeto de sua autoria, dando a uma rua de Lavras o nome de Rua América de Moura Maia.

Em 13 de maio de 1970, faleceu D. América de Moura Maia, aos 90 anos, deixando filhos, 63 netos, 90 bisnetos e uma legião de amigos.


JORNAL TRIBUNA DE LAVRAS



Antes de iniciarmos a história da Tribuna de Lavras, é necessário que façamos uma digressão no tempo, no século XV, quando Gutemberg descobriu a máquina de imprimir. 

Até então, o que circulava entre poucas pessoas no mundo eram boletins e volantes manuscritos em forma de panfletos, com informações e comentários os mais variados, e cartazes afixados em locais apropriados, fazendo anúncios.

O jornalismo no Brasil do qual faz parte a Tribuna de Lavras, começou com o príncipe Regente D. João, que fundou em 13/05/1808, a Impressão Régia. A Gazeta do Rio de Janeiro foi o primeiro jornal a ser impresso aqui no Brasil, lembrando, entretanto, que o Correio Brasilieze começou a ser impresso em Londres, sendo redigido pelo brasileiro Hipólito José da Costa Pereira Furtado de Mendonça (considerado o legítimo patrono do jornalismo no Brasil), em junho daquele mesmo ano.

Veio a modernização e a imprensa escrita ocupa atualmente o seu lugar de destaque, com presença nos quatro cantos do universo e, num destes, aqui no sul das Gerais, está o jornal Tribuna de Lavras, há 34 anos em circulação.

O início de tudo: 1º de outubro de 1967.

Nessa data, a população lavrense foi brindada com o primeiro exemplar do jornal Tribuna de Lavras, fundado por Luiz Gomide e Dante da Silva, dois sonhadores e apaixonados pela imprensa escrita.

A Tribuna de Lavras surgiu naquela época porque Lavras estava carente de um jornal, e atendendo a uma vocação nata, iniciaram aquele brilhante trabalho.

Inicialmente, o jornal era editado na Rua Sant' Ana, 17, no prédio do saudoso comerciante, José Mansur, e contava com o Edinho, e seus sobrinhos Áureo e Luiz Carlos, e ainda com Nerval e Lazinho. Em maio de 1970 mudou-se para a rua Cristiano de Souza, passando a ter em seu quadro, além dos acima citados, Pacelli, Silas, Rubens, José Marcos, Dinho, dentre outros. Em junho de 1978 mudou-se mais uma vez, agora, para a Praça Dr. Augusto Silva, 606, nas dependências do Colégio Carlota Kemper, onde recebeu em seu quadro de funcionários, Vanderley, os irmãos Celso e Haroldo, Juliano, Sidney, e, finalmente, em outubro de 1990, mudou-se definitivamente para sua sede própria, na Rua Coronel José Moura do Amaral, 100, na Vila São Francisco, contando, agora além do Edinho, Áureo, Lazinho, Pacelli, Vanderley, Juliano e Sidney, com Adilson, Tinho, Marcelo, Francis, Regina, Marlene, Cida, Tati, Raquel, Renata, Ivana e outros. Seu escritório central está localizado na Rua Raul Soares, 59.

Dos 1000 exemplares iniciais aos 5.500 de agora, quantas lutas, tantas conquistas. Antes, uma edição semanal depois duas. Aos domingos as quintas-feiras. Posteriormente voltou a circular apenas aos sábados, e a partir de julho de 2000, novamente duas vezes por semana. As quartas e sábados.

Primeiro, a impressão tipográfica, depois, a de linotipo, a impressão off set, e, atualmente, está na era da policromia.

As mudanças foram radicais nesses 34 anos de existência para acompanhar o progresso e a globalização.

Dos poucos funcionários nos primórdios, aos 30 empregos diretos gerados hoje pelo jornal Tribuna de Lavras, para servir aos leitores daqui e de uma centena de cidades de Minas e do Brasil.

A Tribuna de Lavras é um sistema de referência e um termômetro para a opinião pública, pois representa a voz do povo com seus registros e críticas.
Com uma linguagem moderna, paginação perfeita, notícias atuais, informações precisas, este é o jornal Tribuna de Lavras, aguardado com ansiedade às quartas e sábados, nas bancas e nas casas de seus leitores.

José Eduardo é o seguidor do pai Luiz Gomide, sendo ambos, atualmente, os responsáveis por este grande veículo de comunicação a circular pela cidade de Lavras e muitas outras do Brasil.

A Tribuna de Lavras é um orgulho para a comunidade lavrense, sendo considerado por ela, conforme pesquisa da MDA, por anos consecutivos, o melhor jornal da cidade.
Pelos relevantes serviços prestados às causas comunitárias vem ao longo do tempo recebendo inúmeras honrarias.

Parabéns, Luiz Gomide, José Eduardo, toda equipe e colaboradores de todos os tempos.


RÁDIO



Todos os dias, todas as horas, milhões de pessoas em todo o mundo escutam rádio através das ondas eletromagnéticas, em diversas frequências, através de programas, informações, entretenimento.

Existem milhares de emissoras de rádio a transmitir música, notícias, discussões, entrevistas, anúncios, narrações esportivas, eventos culturais.

Coube ao físico italiano Guglielmo Marconi, a transmissão dos primeiros sinais de radiocomunicação, em 1895, e o seu desenvolvimento contou com a contribuição de muita gente.

O rádio é um dos mais importantes meios de comunicação de massa. Ele propaga sinais através do ar para todas as partes do mundo.

Está presente em casa, no carro, nos campos de futebol, nas praças, em todos os cantos.

É usado por motoristas de táxi, fazendeiros, PXs, policiais, aviadores e outros profissionais.
Seu apogeu foi até a década de 1950, quando famílias se reuniam ao seu redor para escutar novelas, comédias, músicas, futebol e programas variados. Os mais antigos se lembram dessa época áurea. Carmem Miranda, Linda Batista, Orlando Silva, Nelson Gonçalves, Vicente Celestino, Francisco Alves e outros, arrancavam suspiros com suas interpretações musicais, bem como, das novelas como “Gerônimo, o herói do sertão”, “O Direito de Nascer”, que emocionavam os ouvintes.

Uma emissora de rádio basicamente é constituída por um estúdio onde se faz a comunicação, uma mesa de operação, uma antena, um transmissor. Existem emissoras AM e FM.

No final de 1950, o rádio cedeu espaço à televisão que, atualmente, vem desempenhando com maestria, o papel de fundamental importância que o rádio até então, exercia.

Mesmo com o crescimento da televisão, o rádio continua com seu espaço aberto, levando aos mais diversos lugares, suas mensagens.

Segundo relato de Rafael Mendes e do jornalista Herculano Pinto Filho, em 30 de junho de 1946, foi inaugurada em Lavras, a Rádio Cultura, com o prefixo ZYI-6. Foi instalada inicialmente nas dependências de um imóvel de propriedade da família Bini, localizado na 

Rua Barão do Rio Branco, onde está hoje, o mercadinho do Português.

José Mendes foi o responsável pela montagem do transmissor e da antena, com 49 metros de altura, instalada no bairro Nova Lavras, e Rafael, responsável pela montagem da mesa de som.

Quem trouxe a Rádio Cultura para Lavras foi o cidadão Paulo de Castro, de Uberlândia, detentor da concessão da emissora que, em contato com José Mendes, mais uma plêiade de lavrenses contagiados pela indiscutível importância daquela conquista, assumiram tarefas nos seus mais diferentes setores.

Paulo de Castro ofereceu sociedade para Leon Jofre Avayou, Antônio de Carvalho (Antonino de Carvalho), Ruy Moraes de Lemos e outros. Com a instalação da RC, Leon Jofre Avayou foi o seu primeiro diretor.

A família Mendes respondeu pelo complexo técnico da Rádio com a participação da dupla José e Rafael Mendes, que ofereceu à emissora dedicação exclusiva. Os irmãos Nato e Floriano, assim como as irmãs Dica e Gaída passaram a ser técnicas de som, ou melhor, sonoplastas.

Com o passar dos anos, Antônio de Carvalho (Antonino de Carvalho) adquiriu a Rádio e posteriormente a vendeu para o Tenente Brito, que a transferiu para a Cadeia Verde Amarela, de propriedade de João Jorge Saad. Depois de algum tempo, a Rádio foi vendida para um grupo de pessoas, cujo administrador e sócio era José Matiolli. Negociando entre eles as cotas, assumiu a direção, o Luiz Gomide. Continuaram as negociações. Antônio Fráguas, João Carlos e José Maria Fráguas, adquiriram as cotas dos sócios remanescentes. Finalmente, Ricardo Fráguas, já detentor de parte delas, comprou de José Maria Fráguas aquelas que ele havia adquirido dos demais e, após explorar a concessão por algum tempo, a vendeu para Carlos Alberto Pereira.

Antigamente, a frequência da Rádio Cultura era 1.560 KHz e não possuía sede própria. Sob o comando de Ricardo Fráguas, passou a ter sede própria, com um clube de campo às margens da BR 265, nas imediações do Terminal Rodoviário Maurício Ornelas de Souza, e uma antena de 74 metros de altura, instalada naquele local, permitindo serem captadas as ondas da Cultura, numa frequência de 770 KHz, atingindo um raio de 100 quilômetros.

Foi denominada Rádio Cultura D'Oeste S/A, e, depois, Rádio Cultura de Lavras.
Alguns de seus diretores: Leon Jofre Avayou, José Ferran Solá, (onde anda você, Ferran?) Geraldo Ribeiro, Petrônio Novais, Isnar Silva, José Matiolli, Eurico José Costa, Luiz Gomide, Carlos Alberto, Édio do Nascimento Birindiba e Carlos Eduardo C. Pereira.

Foram seus primeiros locutores: Elcídio Grandi, Antônio Coimbra, Harley Valeriano, José Santiago, Palito, entre outros.

Quando o lavrense Antonino de Carvalho adquiriu a emissora, ele a transferiu para o imóvel localizado no cruzamento da Rua Benedito Valadares com Raul Soares, imóvel hoje ocupado por um restaurante e escritórios.

Naquele local, com grande espaço físico, além das acomodações dos estúdios, sala de técnica, de diretoria, de espera, de gravação, havia um grande auditório que possibilitava a realização de shows, festivais e outras atrações. Foram nos programas de auditório que surgiram grandes valores como: Trio Branquinho, Mulatinho e Nhô Zé, Dante da Silva, Ary Murad, Dalmy Teixeira, Luiz Russi, Irmãs Andrade, Augusto Vieira, Orestes Silva, Nido Gibran, o regional de José Matiolli, Geraldo Ribeiro, Silvio Novaes, Leonardo de Paula, Arlete Tristão, Jaime Cardoso, José Maria de Brito, Sô Nico, o caipira solitário, Augusto Máximo, André do Nascimento, Vanderléia e muitos outros.

Nas transmissões esportivas sobressaíram grandes locutores como: José Jorge, Orlando José, Wanil Daher, Reinaldo Murilo, os irmãos Edson e Edmar de Souza, José Silvério.
Locutores: Antônio Carvalho, Celso Pitta, Jaime Gomide, Itamar Mazochi, Aldair Ferreira, Guilherme de Souza, José Orlando, José Cristino, Hélio Carvalho, José Aparecido, Jesus de Paula, Neide Maria, Luiz Carlos Reis, Letícia Guimarães, Maria Carmem Carvalho, Terezinha Silva, Jair Alves, José Pinto, José Alves Andrade, Ricardo Coimbra, Nhô Dinho, Florentino, Daniel Morel, José Candonga, Edir Siqueira, Paula Neto, Cleber Juarez, Evandro Carvalho, Arnoldo Junqueira, Dário Costa, Célio Matioli e esposa e tantos outros.
Sonoplastas: Lélio Matiolli, Nilton Ribeiro, Edson, José Hugo e Sérgio Vitorino, Édio Birindiba, Admilson Ramos, os irmãos Bené Viana e Bernardo Eustáquio, Ferreira Sales, José Walter Moretti .

Herculano, acompanhado por Nilson Alves e outros são os decanos dos radialistas lavrenses.

Nilson e Osmar Alves lançaram os programas sertanejos. O primeiro, ainda hoje, continua com seu programa.

Geraldo Ribeiro (Canarinho) foi um grande apresentador de programa de auditório.
Da Rua Benedito Valadares, a Rádio Cultura mudou-se para o prédio do José Alves, na Rua Manoel Alves, bem defronte ao Posto Venerando, na Praça Monsenhor Domingos Pinheiro. Lá, também havia um grande espaço físico e um auditório. Dali foi para a Rua Getúlio Vargas, no prédio da Relojoaria Mesquita, depois para a Rua Barbosa Lima, um pouco abaixo do Rex 4, e, finalmente, hoje, está instalada no coração da cidade, no prédio Álvaro Botelho, onde funcionou a antiga Caixa Econômica Estadual.
Funcionários que trabalhavam e trabalham na manutenção da antena: José Afonso, Geraldo Teixeira e José Leôncio.

Equipe de externa: Antônio Euclídes Santos Penoni. Assistente técnico: José Hamilton.

A Rádio Cultura de Lavras, com seus 55 anos de existência, tem uma história que envolve a participação de muitas pessoas que trabalharam e trabalham para levar, através de suas ondas, entretenimento, programas e informações.

No ar...

Mais um programa da Rádio Cultura.


DIAGNÓSTICO

Exaltemos o crescimento e o desenvolvimento de nossa cidade. Ela não fala, mas seu visual, sua estrutura física-humana mostram a participação de todos na tarefa coletiva de se construir um ideal.

Pela sua história, pela observação, acompanhamos pari-passu sua trajetória de progresso, nos últimos tempos.

No setor educacional, um dos pilares básicos de sua formação, conta com mais de 60 instituições de ensino, da pré-escola ao terceiro grau, tendo uma Universidade Estadual, uma Federal, com um corpo discente aproximado de 30 mil estudantes e uma qualidade de ensino das melhores.





No campo das comunicações possui três rádios FM: Universitária 105,7MHz (maio de 1987), FM Comunitária 87,9MHz (27/07/2001), FM Rio Grande 94,7MHz (30/05/1984) e uma AM Rádio Cultura de Lavras. Cinco jornais de circulação semanal: Tribuna de Lavras, Folha Rio Grande e LavrasNews, Alô Lavras e Jornal da Rua. Um canal de televisão - TV Universitária, uma concessão FAEPE e UFLA, inaugurada em 03/09/1999, operando nos canais 13 (VHF) e 15 (UHF).



Justiça - É Comarca de Entrância Final, com três Varas. Juizado Especial de Pequenas 
Causas. Defensoria Pública. Procon. Justiça Federal do Trabalho.

Na área de segurança possui um Batalhão de Polícia - 8º BPMMG, uma Guarnição do Corpo de Bombeiros, uma Delegacia Regional de Polícia - 30 ª, e é sede, ainda, da 6ª Região da Policia Militar, 6ª Cias. de Policia florestal e Rodoviária.

No campo fabril-industrial, um distrito industrial - produz a nível de primeiro mundo.



No setor de saúde conta com 7 hospitais e vários postos de saúde municipais.



A Santa Casa de Misericórdia de Lavras teve seu edifício inaugurado em 27/10/1883. Seus principais colaboradores foram Comendador José Esteves de Andrade Botelho e Joaquim Antônio de Abreu. Foi o primeiro hospital de Lavras.

A construção contou com os recursos do povo. Em 1958 esse edifício foi demolido e construído em seu lugar um outro prédio mais moderno para atender as reivindicações de seus usuários.

De 1975 até 13/10/84 foi erguido este extraordinário edifício da Santa Casa de Lavras.



O Hospital Vaz Monteiro foi construído com a colaboração de Procópio Alvarenga, Dra. Dâmina Zákhia, Dr. Armando Amaral, Lauro Gontijo, Antônio Vaz Monteiro e inaugurado em 16/02/1944.

O nome do hospital foi dado em homenagem ao Sr. Vaz Monteiro, por ser ele o maior benfeitor de Lavras na ocasião.

O hospital Vaz Monteiro constitui a marca de sua presença em Lavras, no setor de saúde.



Antigo prédio da administração da E.F.O.M.R.M.V. e R.F.F.S.S, hoje Secretária da Saúde.


Turismo - Museu Bi Moreira, Ponte do Funil, Quedas do Rio Bonito, Serra da Bocaina, Igreja do Rosário, dentre outros.

Área de prestação de serviços - profissionais altamente qualificados.

Comércio - Pujante com um sem número de lojas, restaurantes, bares, similares, cooperativas, postos de gasolina, oficinas, supermercados, bancos e um shopping center.

Hotelaria A cidade está bem servida com 8 hotéis em atividade e 1 em construção.

O setor esportivo conta com vários ginásios cobertos e muitos clubes recreativos.



Bancos - Nove agências.

Construções - mais de 30 mil unidades.

Veículos cadastrados no DETRAN entre automóveis, utilitários, caminhões, ônibus, motocicletas, mais de 20.000 até 1999.

Eleitores - Cidade: 54.300 - Comarca: 74.672 até 14/01/02

População - 100.000 mil habitantes mais ou menos.

Aparelhos telefônicos - Comuns - 15.500

Celulares - 4.000

20.000 aproximadamente

Um aeroporto - Aeroporto da Baunilha.

Clubes de serviço / Entidades - Rotary Club Lavras, Lavras Sul, Lavras Norte, Rotaract, Interact, Lions, Maçonaria, Lar Augusto Silva, Clube de Lavras



Em construção - duplicação da variante, Fernão Dias - Lavras, elo de ligação entre São Paulo, Rio e Belo Horizonte.

Estes dados são aproximados, mas constituem sem dúvida alguma um diagnóstico, uma mostra perfeita do crescimento desta maravilhosa cidade através dos anos.

Parabéns, aos lavrenses e a todos vocês que ajudam e acreditam nesta terra.


LAVRASHOPPING



O shopping é maravilhoso. 

Lavras, como sabemos, não é uma cidade trepidante como as grandes metrópoles, mas é uma cidade bela e atraente, como uma menina-moça, cheia de graça e grande poder de sedução. Seus encantos são discretos, mas revelam-se a cada momento nas suas suavidades e sutilezas. Nós lavrenses já nos quedamos à sua sedução e, quem aqui aporta, certamente é conquistado ao primeiro encontro.

Não é por acaso que vivemos Lavras intensamente a cada momento. Com seu charme ela desperta em nós uma gama de sensação.
Rendemo-nos aos seus encantos.

Como qualquer pessoa do interior e apaixonado pela cidade natal, deslumbrávamos quando adentrávamos a um shopping da capital, extasiávamos diante de tamanha beleza e ficávamos a imaginar quando Lavras teria um igual.

Para surpresa nossa não pudemos conter a alegria ao constatar que agora Lavras tem um shopping. Essa alegria torna-se ainda mais intensa por sabermos que essa obra foi um sonho de uma equipe idealista que se concretizou e, por certo, Lavras guardará como uma verdadeira relíquia.

A primeira emoção que sentimos quando chegamos ao Lavrashopping foi a de que estávamos na capital. Ali estava construída a grande obra arquitetônica projetada especialmente para aquele fim, ainda com cheiro de tinta fresca, toda banhada de sol, com um amplo parque de estacionamento com gente por todo lado, cujo ponto de partida pode ser pelo nível inferior, saindo do estacionamento ou, pela passarela coberta que divide os dois ambientes e abre dois caminhos; à direita, a entrada para o majestoso Super Rex; à esquerda, para o Lavrashopping.

Optamos pela segunda embora tivéssemos ido ao estacionamento. Descemos uma pequena rampa, que fica ao lado da escada, e nos dirigimos para o interior daquele lugar tão sonhado.

O visual é lindo. Percorremos caminhos bonitos, perfumados e encontramos o local da vida moderna, com todo conforto, com lojas sofisticadas, cinemas, fonte, praça de alimentação, cafés, jogos eletrônicos, área verde, espaço cultural, bem como um desfile de gente alegre e bonita, enfeitiçada pela magia dos prazeres da moda.



Andando ainda pelo Lavrashopping, vimos gente apressada, gente passeando, meninas e garotões namorando, crianças brincando, gente comendo, bebendo, comprando, trabalhando.

Voltamos, retornamos. Tornamo-nos frequentadores assíduos.

Escapar ao fascínio do Lavrashopping é difícil, pois sempre se sai de lá com a sensação de que o tempo não foi suficiente, e que há muito por ver, conhecer, fazer.
Todos os dias acreditamos, vão ser assim. De manhã, até o anoitecer, ao fechar, haverá muita gente indo e vindo a um dos pontos mais badalados da cidade.

Com o Lavrashopping, Lavras ganha os ares de uma pequena capital, sem perder, entretanto, suas características de cidade do interior, onde o calor humano é a sua tônica marcante.

Confessamos. Ir ao Lavrashopping é uma maravilha para os olhos e uma emoção para o coração.

Parabéns, Lavras!


AVIÕES - AEROPORTOS



AVIÕES.

Apreciando, vendo as aves voando, o homem sempre acalentou o sonho de elevar-se aos ares, de voar como os pássaros, para vencer o tempo e o espaço.

A primeira tentativa dessa façanha, segundo a mitologia, foi de Ícaro, graças às asas que fabricou. Conta-se também que essas asas eram cobertas de cera e que, com o calor do sol, se derretiam.

Daquele tempo, aos dias atuais, a humanidade vem dando mais asas à imaginação e voa através dos balões, ultraleves, asas delta, monomotores, bimotores, helicópteros, jatos, concordes, foguetes espaciais.

Muito devemos ao brasileiro Santos Dumont, "o pai da aviação", a Bartolomeu de Gusmão, Ferdinand Von Zeppelin, Leonardo da Vinci, Roger Bacon, Jorge Caypley, Clement Ader, Langley, Phillips e Maxim, Alexandre Mozhaisky, Karl Jatho, irmãos Wright e tantos outros que contribuíram e contribuem para a aviação.

A palavra aviação é originada do francês, aviation. Significa todo o conjunto de atividades dirigido à arte, à técnica e à ciência do vôo das aeronaves mais pesadas do que o ar.
A aviação é um produto do século XX. Com seu advento houve uma grande transformação no mundo, provocando estruturais mudanças no comércio, na economia, no transporte.


AEROPORTOS



Aviões pequenos ou grandes exigem campo para pousar e decolar.

Antigamente, devido ao pequeno tamanho das aeronaves, os campos eram acanhados, gramados, ou então, cascalhados. Eram precários, desprovidos de infra-estrutura aeronáutica.

O nosso antigo campo de aviação, segundo relato de Valério Antônio Júlio, foi construído graças à doação de um terreno por Antônio Vaz Monteiro e ao trabalho anônimo da comunidade que se cotizou para realização daquele empreendimento, entre setembro de 1942 a julho de 1943, inaugurado em 20 de julho daquele ano. Sua pista é de 860 metros de extensão por 40 metros de largura, de terra batida, cascalhada, onde pousavam aviões de passageiros da Real e da Nacional, bem como os teco-tecos. Seu hangar denomina-se Vaz Monteiro, em homenagem àquele grande homem.

À guisa de esclarecimento, o Aeroclube de Lavras existe desde 01/11/1940. O prefeito Jacinto Scorza foi seu primeiro presidente. Seu funcionamento era numa pista de pouso no 8º BPM. Ali os pilotos se preparavam e brevetavam. Mário de Carvalho formou-se na primeira turma. Dulce Scorza foi uma das primeiras mulheres a brevetar em Lavras. A história do Aeroclube é extraordinária. Graças a este, houve uma permuta de terrenos com a prefeitura. Esta cedeu àquele uma área destinada à Cofap e recebeu em troca o terreno onde é hoje o Aeroporto da Baunilha, o qual foi doado ao município.

Com o desenvolvimento das aeronaves, das indústrias e do comércio houve exigência para a construção de campos com maiores dimensões, com pistas de pouso pavimentadas, resistentes, edificações destinadas aos órgãos dos serviços de voo (controle, estação meteorológica, equipamentos eletrônicos (radar), instalações e equipamentos destinados a chegadas e partidas de aeronaves, bem como outros aperfeiçoamentos para maior garantia e segurança dos voos. O aeroporto é, portanto, o ponto de encontro entre aeronaves com a terra e com os passageiros.

Daquele campo de aviação antigo, situado nas imediações da Cofap, para o moderno Aeroporto da Baunilha, construído através de um convênio firmado entre a Prefeitura Municipal de Lavras com o Exército, através do 11º Batalhão de Engenharia de Construção de Araguari. Conta com uma pista asfaltada de 1.500 metros de extensão por 30 de largura, com uma faixa de pouso de 1.620 metros, um pátio de estacionamento de 120 metros por 70, uma pista de rolamento de 60 metros por 15, situado a uma altitude de 904 metros, 3.000 pés aproximadamente, a uma distância de apenas 5 quilômetros do centro da cidade, cujo acesso está totalmente asfaltado, tendo aquele local uma visão das mais privilegiadas, como a vista para a Serra da Bocaina e outros locais belíssimos, Lavras se coloca, hoje, em destaque como as grandes cidades do Brasil, disponível para acolher os grandes empresários, industriais, cientistas, nacionais e internacionais. A comunidade científica lavrense fica agora bem servida e à altura de manter intercâmbio com a Holanda, os Estados Unidos, a França, bem como as indústrias e empresas, que pretendem estabelecer em Lavras, pela sua potencialidade, cidade a qual é enaltecida e valorizada pelos meios de comunicação.



A rapidez hoje é a tônica do momento. Os homens de negócio não gostam de perder tempo. Para eles, tempo é dinheiro. Buscam na tecnologia, maior eficiência para a consecução de seus empreendimentos.

Lavras, provida de infra-estrutura, com energia elétrica e água à vontade, mão-de-obra disponível, ligação com o Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e outros grandes centros, para receber e exportar produtos, está de braços abertos para atender a todos por terra e, agora, pelo ar, aterrissando ou voando na distribuição de riquezas e em direção do progresso.

Voar não é mais uma velha aspiração dos homens.

O Aeroporto de Lavras também não é mais um velho sonho.

É tudo uma realidade.

Decolem, voem, voem e aterrissem no Aeroporto da Baunilha.

Da torre de controle do moderno Aeroporto da Baunilha, os alto- falantes ecoam nas salas de embarque:
 
Mr. and Mrs.

Welcome to Lavras.
 
Senhoras e senhores passageiros.

Sejam bem vindos a Lavras.



UFLA - UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS



Num primeiro momento, para falarmos da UFLA, ficamos a imaginar tantas vidas ilustres que por ali passaram, a chácara, o velho Campus da Escola Agrícola, o portão de entrada, tendo à frente os trilhos da ferrovia (RMV), a escadaria, a rampa, seus prédios, tratores, máquinas, objetos, lugares de tantas lembranças a povoar nossos pensamentos. Saudade! 

Quanta saudade! O Museu Bi Moreira está instalado no prédio Álvaro Botelho, antiga secretaria da Escola, guardando a história da Universidade, bem como a de Lavras.

Num segundo momento, contrastando fisicamente com o anterior, vemos o novo e complexo Campus da modernidade, onde os Doutores e Mestres difundem o saber científico, tecnológico e experimental a seus discípulos, atendendo a realidade curricular agrícola e do universo.

Mas, entendemos que não poderíamos falar da beleza da rosa, sem falar da roseira; que não poderíamos falar das qualidades do filho, sem falar dos pais; e logo não poderíamos falar da Universidade Federal de Lavras, sem falar no Instituto Gammon (antigo Colégio Internacional que funcionava desde 1869), transferido de Campinas para Lavras, nos idos de 1892/93, devido a um surto de febre amarela. Dr. Samuel Rhea Gammon, jovem missionário americano, é o grande nome dessa instituição de ensino, mais do que secular e que está em atividade desde aquela época, até os dias de hoje, semeando uma boa semente, sob o lema "DEDICADO À GLÓRIA DE DEUS E AO PROGRESSO HUMANO", servindo, educando e moldando personagens para a vida e para o mundo.

Foi naquela escola que, em 1908, por iniciativa de Dr. Samuel Rhea Gammon, nasceu e foi criada a Escola Agrícola de Lavras. A sua instalação foi feita pelo engenheiro agrônomo Benjamim Harris Hunnicutt, seu primeiro diretor.

Ela foi a primeira escola agrícola de Minas Gerais, de nível superior.

Em 1937 houve a mudança da denominação de Escola Agrícola de Lavras para Escola 
Superior de Agricultura de Lavras - ESAL.

Em 1963 foi a vez da Federalização da Escola Superior de Agricultura de Lavras, até então, pertencente ao Instituto Gammon, pela Lei nº 4.307 de 23 de dezembro.

Em 1964 iniciaram a construção do novo Campus, sendo inaugurado em 1971.

Em 1994, criação da Universidade Federal de Lavras - UFLA - por transformação da Escola Superior de Agricultura de Lavras, pela Lei nº 8.956, de 15 de dezembro.

A Universidade Federal de Lavras conta atualmente com 7 cursos de graduação (Agronomia, Administração, Ciência da Computação, Engenharia Agrícola, Engenharia Florestal, Medicina Veterinária e Zootecnia); 13 de mestrado (Administração, Agroquímica e Agro bioquímica, Ciência dos Alimentos, Engenharia Florestal, Engenharia Agrícola, Fitopatologia, Genética e Melhoramento de Plantas, Solos e Nutrição de Plantas, Zootecnia, Entomologia, Estatística e Experimentação Agropecuária, Fisiologia Vegetal, Fitotecnia), e 10 de doutorado (Zootecnia, Solos e Nutrição de Plantas, Fitotecnia, Genética e Melhoramentos de Plantas, Fitopatologia, Ciência de Alimentos, Administração, Entomologia, Engenharia Florestal, Fisiologia Vegetal). Conta com um corpo discente de 2.070 alunos na graduação, 830 na pós-graduação Stricto Sensu e 6.700 em Lato Sensu, num total de 9.600 alunos. Seu corpo docente é composto de 328 professores. O orçamento para 2001 é de R$41.000.000,00. O número de Pessoal Técnico-Administrativo é de 328. Sua área física é de 600 hectares; e a área construída de aproximadamente 150 mil metros quadrados.

Seu lema é:

CIÊNCIA E PRÁTICA

Sua data de aniversário é a primeira semana de setembro.

GALERIA

Criador, instalador, diretores, pró-reitor, reitor:
Samuel Rhea Gammon (criador) - 1908;
Benjamim Harris Hunnicutt (instalador e 1º diretor) - 1908/1926;
John Henry Wheelock - 1927/1935- 1945 - 1953/56-1958/1959;
Benedito Oliveira Paiva - 1936/1937;
Jaziel Rezende - 1938/1941 - 1951/1952 - 1962/1965;
Alcebíades Guarita Cartaxo - 1946/1950 - 1962/1963;
Eduardo King Carr - 1960/1961;
José Otávio de Souza - 1963/1964; Alysson Paulinelli - 1966/1971;
Fábio Pereira Cartaxo - 1971/1975;
Sílvio Nogueira de Souza - 1975;
Jair Vieira - 1975/1979;
João Márcio de Carvalho Rios - 1979/1983;
Luiz Augusto de Paula Lima - 1983/1987;
Juventino Júlio de Souza - 1987/1991;
Silas Costa Pereira - 1991/1994 (diretores);
Silas Costa Pereira Diretor 1991/1994 –
Reitor Pró-tempore - 1994/1996;
Fabiano Ribeiro do Vale - Reitor - 1997/2000 e 2001/2004.



Lavras orgulha-se de ser sede desta Universidade Federal, cuja excelência de qualidade a coloca entre as melhores do país.

O ensino de primeira grandeza ali ministrado propicia aos homens e ao mundo, novas descobertas científicas, tecnológicas e experimentais a preservar o equilíbrio, a harmonia, a vida, e a permitir a sobrevivência do ser vivo sobre a face da terra.


ESCOLA ESTADUAL FIRMINO COSTA



Berço da cultura, luz da inteligência, manancial permanente onde os pequenos buscam conhecimento e os profissionais docentes e administrativos, oferecem o precioso saber na nobre missão e na arte de ensinar e educar para a vida.

Bem próximo da Matriz de Sant' Ana, cercado pelas ruas Dr. Francisco Salles, Barbosa Lima, Misseno de Pádua, ali está ela a ESCOLA ESTADUAL FIRMINO COSTA, toda charmosa, em estilo colonial, pintada de azul, com detalhes em branco, ornada por muitas salas e, atendendo ao progresso, com uma bela sala de informática, uma biblioteca, uma cantina, um pequeno museu para preservar sua memória, na sala de vídeo, e mantendo no pátio, os ipês branco, roxo, amarelo, a árvore pata de elefante (plantados por alunos com o incentivo do Prof. Firmino Costa). Detalhes são inúmeros. Quem por ali passa, guarda-os na memória.

Quantas lembranças, quantas saudades.
94 anos de existência. 94 anos de servir. 94 anos de educar.
A frequência, o fervilhar dos pequenos ao iniciar ou após as aulas, mostra a pujança e a 
vida sempre presente dessa casa.

Pequenos que desabrocham e despertam para a vida. Pequenos que desenvolvem física e mentalmente acompanhando o tempo para chegar ao futuro. Pequenos que se tornam adultos. Pequenos que acordam para a realidade, aprendendo e cultivando na mente, no coração e na alma, o sentimento de amor, respeito, solidariedade, conhecimento, cidadania, para aplicá-lo num plano de vida e tornar o mundo melhor.

As gerações vão se revezando naquela escola e, com isso, aprendendo os valores morais e intelectuais que norteiam a vida em sociedade.

Investir na educação das crianças, jovens e adultos, é acreditar, é apostar no desenvolvimento, no progresso do país.

Só se constrói uma grande nação investindo na educação do seu povo, e a E. E. Firmino Costa vem contribuindo de forma decisiva para isso.

A visão do Prof. Firmino Costa, naquela época, estava anos luz à frente de muitos de seus pares, daí, ter sido o escolhido pelo governo João Pinheiro, em 16 de janeiro de 1907, para ser o primeiro diretor do então Grupo Escolar de Lavras, o terceiro a ser criado no Estado.

Mas, afinal, quem foi Firmino Costa?



FIRMINO COSTA nasceu em 28/10/1869, em Niterói RJ, filho do Capitão José da Costa Pereira e D.Custódia Maria da Costa.

Foi casado com D. Alice Bueno Costa. O casal teve os filhos: Aguinaldo Costa, advogado e professor, casado com D. Maria Bueno Costa; Aurélio Costa, cirurgião dentista; Lucília Costa; Lívia Costa Gulikers, professora, casada com João Gulikers; Júlia Costa Perillo, casada com Antônio Perillo; Alice Costa, Marta e Maria Costa.

Professor Firmino Costa iniciou suas atividades como prof. de Português e Literatura da Língua Portuguesa, no Instituto Evangélico de Lavras, hoje, Instituto Presbiteriano Gammon. Fascinava seus alunos pelos ensinamentos. Alguns deles, mais tarde, se destacaram e se projetaram como oradores, escritores, pregadores, professores, parlamentares. Dentre esses podemos citar o Dr. Carlos Luz, que exerceu a Presidência da República.

Cheio de ideias, quando indicado diretor do Grupo Escolar Firmino Costa, cercado por um grupo de colaboradores, fez daquele estabelecimento de ensino, uma verdadeira escola ativa, digna dos maiores elogios, servindo de modelo para outros. Criou a Caixa Escolar Dr. Álvaro Botelho que tinha como objetivo oferecer recursos financeiros para ajudar os alunos carentes, na merenda, tratamento médico, odontológico, vestuário. Já naquela época existiam os cursos profissionalizantes de marcenaria, serralheria, sapataria, horticultura, encadernação, arte culinária, costura, preparando profissionais competentes para a sociedade. O Curso Rural também era uma realidade e preparava professores para a zona rural. O projeto “Minha árvore” foi um meio que o prof. Firmino Costa encontrou para que os alunos plantassem árvores e preservassem a natureza. Foi diretor de 1907 a 1925.

Foi Conselheiro, Orientador e professor de Português e Literatura no Colégio Nossa Senhora de Lourdes.

Exerceu a Reitoria do tradicional Ginásio Mineiro de Barbacena, a convite do Presidente do Estado, Fernando de Mello Vianna, onde aplicou seus métodos de renovação administrativos. Dali foi dirigir a Escola Normal de Belo Horizonte, a convite do Presidente Antônio Carlos, aplicando a sua experiência pedagógica. Foi membro do Conselho Superior de Instrução do Estado, colaborando nas reformas do ensino realizadas pelo Estado. A convite do Secretário do Estado de Educação, Francisco Campos, organizou e dirigiu o primeiro concurso para Inspetores de Ensino.

Ainda na capital mineira, prestou sua colaboração nos Colégios Batista Mineiro e Izabela 
Hendrix, como professor nas disciplinas de sua especialidade.

Homem culto e dedicado às letras, publicou as seguintes obras: Gramática Portuguesa, impressa na Imprensa Oficial de Minas Gerais, em 1920, sendo este seu primeiro livro. Vocabulário Analógico, publicado em capítulos no jornal “O Minas Gerais” e na “Revista do Brasil”, de Monteiro Lobato, nos anos de 1928 a 1930 e reunidos em livro, editado pela Companhia Melhoramentos de São Paulo. Léxico Gramatical - pela Escola Ativa, Aprender a Estudar, O Ensino Popular, O Ensino Primário, Calendário Escolar, Como Ensinar Linguagem.

Fundou e dirigiu, em Lavras, o jornal “A Vida Escolar”. Colaborou em diversos jornais e revistas.

Foi muitas vezes homenageado e exaltado por pessoas ilustres.

O acadêmico Almir de Paula Lima, presidente da Academia Lavrense de Letras, o homenageou escolhendo-o como seu patrono naquela instituição.

De Mario Casassanta recebeu os seguintes dizeres:

“Por um lado o Professor Firmino Costa encaneceu no magistério, ao qual consagrou as melhores horas de sua vida, e o fez com tal brilho que a ele verdadeiramente cabe a glória de pioneiro da Escola Nova entre nós”.

O testemunho de Aguinaldo Costa retrata em sua fala a figura ímpar do pai.

“A grandeza da vida humilde de Firmino Costa, reconhecida e proclamada por muitos, empolgados pela sua cultura e impressionados pela sua utilidade, nos dá conforto e ânimo, nesta hora emocional de saudosa recordação, para contemplá-lo na glória de Deus”. (Notas Biográficas-Guanabara-1968)

Professor Firmino Costa faleceu em 02/07/1939, deixando um grande vazio no campo da filologia, da educação e, sobretudo, no coração de seus admiradores.


BIBLIOTECA PÚBLICA MUNICIPAL

MEIRINHA BOTELHO



Um tesouro de cultura.

Ela é um arquivo de livros e mais livros catalogados à espera dos leitores ávidos do conhecer, criada em conjunto com a Biblioteca Azarias Ribeiro pela Lei 712, em 22/07/68, e instalada pelo Decreto 642, como Biblioteca Pública Municipal, em 20/07/78, possuindo um acervo de aproximadamente 20.000 volumes.

Livros - A magia do saber.

Pequenos, grandes, finos, espessos, novos, velhos, bonitos, feios e raros, registram fatos, acontecimentos, divulgam conhecimentos, encantam-nos com imagens fascinantes, temas extraordinários, a iluminar nossas mentes, fazendo-nos viajar através dos tempos, emocionar, sonhar.

São silenciosos, discretos, dispostos isoladamente ou em grupo, nas prateleiras, nas mesas, nas pastas, mochilas, nas casas, nas escolas, nas livrarias, nas bibliotecas, nas mãos, sob os olhos. Atendem a todos os gostos e a todas as idades. Para entendê-los e compreendê-los é preciso abri-los e ler o que têm gravado com sabedoria no seu interior.

Mudos, se manifestam, falam-se em todas as línguas e dialetos.

Surdos, escutam e guardam tudo para que outros possam ouvir.

Cegos, veem mais do que todos, pois são lidos por milhares de olhos.

Os livros nos ensinam, oferecem-nos o que há de melhor - a sabedoria.

Através de sua leitura crescemos, evoluímos, alimentamos nosso espírito, aprendemos a 
lutar por nossas aspirações com dignidade, alcançarmos nossos objetivos maiores.

Como são importantes os livros.

Não basta tê-los, vê-los apenas a enfeitar uma bonita biblioteca. A leitura deles é um imperativo à descoberta e ao aprendizado.

Sabemos da história das civilizações, por eles, das grandes descobertas, através deles, das grandes conquistas, por intermédio deles, das maravilhosas histórias de amor, pela leitura deles, da tecnologia e das ciências, por eles, formamo-nos, estudando neles.

Sem os livros, papiros, pergaminhos, jornais, revistas, CD-RONS, onde estaria a História, o grande acervo cultural das civilizações?

Em Lavras o povo lê. É uma cidade privilegiada. Possui várias bibliotecas, onde as pessoas, em consulta, vão buscar o saber. Seja na biblioteca da UFLA, da UEMG, do GAMMON, do LOURDES, da CNEC, do CEC, das ESCOLAS ESTADUAIS, MUNICIPAIS e PARTICULARES, todas muito bem aparelhadas e recheadas de livros. São milhares, milhões. Não é por acaso que se afirma: “Em Lavras se respira um ar de cultura”.

A BIBLIOTECA PÚBLICA MUNICIPAL MEIRINHA BOTELHO é uma dessas bibliotecas que têm contribuído para o crescimento e desenvolvimento cultural de nossa gente.

Mas, afinal, quem foi MEIRINHA BOTELHO?



Filha do segundo casamento de Álvaro de Andrade Botelho com Josefina Azevedo Botelho, nasceu em Lavras - MG, em 08/12/1908.

Foi a quarta filha do casal e recebeu o nome de MARIA DA CONCEIÇÃO, pois veio ao mundo no dia consagrado a esta santa.

Em criança foi muito doente, chegando o seu médico, pessoa da família, a prognosticar que ela morreria cedo, razão pela qual foi criança mimada.

Fez o seu curso primário no Colégio Carlota Kemper, do Instituto Gammon.

Custou a se desenvolver fisicamente. Sempre pequena e miúda, recebeu o apelido de MEIRINHA, como era conhecida. Após os quinze anos cresceu e se desenvolveu, porém 
de pequena estatura, embora tenha adquirido certa dose de saúde.

Do Kemper, transferiu-se para o Colégio de Lourdes, a fim de fazer o Curso Normal, equiparado pelo Estado de Minas Gerais, pois não tendo a família recursos financeiros, era necessário possuir diploma que facilitasse arranjar colocação remunerada.

Após sua formatura, à espera de ser nomeada professora primária para que fora habilitada, a fim de ganhar um pouco, fazia doces e pratos salgados para fora. Gostava da arte culinária e a ela se entregava com prazer.

Na sua juventude, foi uma pessoa alegre, comunicativa, tinha grande número de amigos. Gostava de dançar e o fazia com graciosidade, pois, não sendo bonita, tinha boa aparência e certa graça.

No meio social lavrense estava sempre pronta a colaborar: fez parte da primeira diretoria da S.A.L. (Sociedade dos Amigos de Lavras).

Nomeada professora pública pertenceu ao corpo docente do Grupo Escolar Firmino Costa, onde lecionou por vários anos, dedicando-se ao trabalho com real entusiasmo.

Após vários anos de magistério, adquiriu uma anomalia no aparelho vocal: periodicamente perdia a voz, ficando dias sem poder articular as palavras.

Para se tratar dirigiu-se ao Rio de Janeiro, onde morava uma tia paterna. Sendo um dos seus primos, médico, temia que a causa da sua mudez periódica fosse doença grave. Fez questão de acompanhá-la ao consultório do especialista. Constatou então que as suas cordas vocais estavam perfeitas, sendo a causa da anomalia, preguiça do aparelho vocal, o que costuma acontecer a professores e oradores (pessoas que são obrigadas a falar muito).

Não podendo reger classe normal, foi a Belo Horizonte, onde, na Secretaria da Educação, se prontificaram a aposentá-la. Porém, não querendo abandonar o trabalho, passou a ensinar arte culinária no então Curso Rural e se encarregou do trabalho na biblioteca do mesmo estabelecimento de ensino, desenvolvendo um extraordinário mistér.

Alguns anos mais tarde, a sua saúde abalada trouxe-lhe irregularidade no funcionamento do coração. Faleceu vitimada por um derrame cerebral, que a conduziu à morte em poucas horas.

Em sua homenagem, pelos relevantes serviços prestados à educação, a Biblioteca Pública Municipal de Lavras, em 1978, recebeu o seu nome:

BIBLIOTECA PÚBLICA MUNICIPAL MEIRINHA BOTELHO


TEMPLO - UM LUGAR DE REFLEXÃO



Quando sentimos uma dor, ficamos doentes, procuramos um médico. Se for uma doença mais séria, um médico especialista, para, com sua capacidade profissional, dela cuidar. Procuramos ainda, os melhores hospitais e tecnologia de ponta em busca da cura.

Quando surgem conflitos, problemas pessoais, familiares ou de amigos, ficamos doentes 
da alma, do espírito, sentimo-nos fragilizados, tristes e procuramos um outro tipo de médico. O médico do corpo e da alma. O médico dos médicos que nos cura pela fé.

Assim, o primeiro impulso que temos, quando o infortúnio vem nos visitar, é procurar um templo para nos refugiarmos das tormentas e invocar socorro ao nosso Criador.

No templo, em silêncio, nos prostramos, pedimos perdão por nossas culpas e buscamos a proteção do Senhor.

Oramos e, através dessas orações, sentimos mais de perto a presença de Deus.
Aqueles que não frequentam um templo com assiduidade, descobrem com o infortúnio que não devemos procurá-lo só nas horas de angústia, de medo, de desespero, de aflição, porque nessas horas, todos o procuram.

A frequência à Casa do Senhor para agradecer deve ser uma constante, para, quando recorreremos a Ele, no silêncio de nossas preces e nos momentos difíceis, sermos atendidos.

“A minha casa será casa de Oração...”.
Lucas-19-46

INTERIOR DA 1ª IGREJA PRESBITERIANA DE LAVRAS



É fascinante observar da Praça Leonardo Venerando, ou mesmo, do lado de dentro da igreja, a sua beleza. À noite, pela iluminação, ou durante o dia, temos a oportunidade de ver os detalhes dos vitrais coloridos, distribuídos em toda a extensão lateral. A fachada impressiona-nos pelo requinte de arte. A escadaria e a rampa, construídos à porta principal de entrada, facilitam, pela forma, o acesso a todos, e, o cipreste, à direita, plantado há muito, mostra a presença do verde naquele lugar de reflexão.

Adentrando-se ao templo, sob a galeria, os dizeres “SILÊNCIO E ORAÇÃO”, estampados nos vidros do para-vento, além da porta de entrada, são um convite ao encontro com o Senhor.

No interior, causa-nos impacto o contraste da luminosidade dos vitrais e da rosácea maior, fascinando-nos, não só pela beleza, mas também, pelos dizeres bíblicos: Deus é amor. Oração. Salvação. Obediência. Retidão - Fé - Vida - Paz.

As arandelas, em número de 14, fixadas internamente nas paredes, dão-lhes uma característica gótica.

Ao fundo, destaca-se na parede, uma cruz vazia. Situado em um plano superior, está o púlpito, sempre ornamentado com lindos arranjos florais, de onde os pastores fazem suas pregações, num ambiente de reverência.

Compõe ainda o interior da igreja, um grande número de bancos para os membros e visitantes participarem dos cultos.

Além do Salão de Culto, o templo possui ainda várias salas menores, onde são planejados, discutidos, realizados e concretizados planos de evangelização, missões, educação, assistência social e estudos bíblicos.

Conta-nos à história que o antigo templo fora construído e inaugurado, em 09/07/1899. Em 1942, foi demolido, dando lugar a esta linda igreja, inaugurada em 26/11/1944.

Coube ao Rev. Francisco Penha Alves, a liderança e incumbência de construir o novo templo. Para isso contou com a colaboração do Rev. Rodger Perkins, engenheiro e pastor missionário, que elaborou a planta deste edifício sagrado, bem como deu as sugestões para a colocação dos lindos vitrais que o ornamentam.

O Prof. Klaus Fest, engenheiro, fez os cálculos de concreto para a obra, mas, como não era brasileiro, recebeu graciosamente do seu colega, engenheiro Ângelo Hermeto, a placa com seu nome para a construção.

Os janelões e as rosáceas foram feitos em São Paulo e colocados por uma firma alemã, denominada Schmidt.

Seus símbolos e dizeres foram escolhidos pelo pastor da época, Francisco Penha Alves.
As bonitas arandelas foram desenhadas pelo pastor mexicano metodista, Rev. Manuel 
Flores, de grande sensibilidade artística.

O construtor do templo foi o dedicado mestre, Sr. José Cicarelli, auxiliado por inúmeros anônimos.

Para a construção deste templo, a igreja contou com a colaboração de seus membros através de ofertas e de muitos empreendimentos.

Os pastores que dirigiram a primeira igreja desde a fundação até a presente data: Dr. Samuel Rhea Gammon, José Uzias Gonçalves, Américo Cardoso de Menezes, Jorge Goulart, Mário Lúcio Baker, Sebastião Machado, Francisco Penha Alves, Rubem Alves, Márcio Moreira, Joel César, Jaziel César, Henrique Lara, Jader S. da Silva, Elcy R. Souto, Manoel Peres Sobrinho, Sérgio Donizete Párice, João Aleixo Marques e Célio Teixeira Júnior, atual pastor.

A placa de identificação da igreja, com horário dos cultos defronte à mesma, fora idealizada pelo pastor atual.

A história da PRIMEIRA IGREJA PRESBITERIANA confunde-se com a história do Gammon, nesses mais de cem anos.


IGREJA MATRIZ DE SANT'ANA



No princípio de 1900, por iniciativa do Vigário Cônego Francisco Severo Malachias, começa a se levantar esse templo, junto à Santa Casa de Misericórdia de Lavras, num terreno que foi de propriedade do Capitão Evaristo Alves, na antiga rua direita, hoje, rua Dr. Francisco Salles, seguindo o ordenamento da planta elaborada pelo Sr. José Piffer, erguendo-se desta forma, no coração da cidade, essa majestosa e artística igreja, símbolo da mais alta manifestação de fé de um povo, denominada Matriz de Sant'Ana.

Em 1917, modificações, complementações e término das obras foram executadas e a torre atual foi erigida. Para se ter uma ideia, a altura do piso até o topo da torre é de 50 metros mais ou menos. Segundo narrou o inesquecível historiador Bi Moreira, em um de seus artigos, na A Gazeta, em 10/09/49, Egídio, Joaquim da Laurinda e Joaquim Cacheado, alguns dos mestres daquela obra, foram os que incrustaram no alto da torre, a cruz, sendo o acontecimento festejado com muitos fogos de artifícios.

A fachada do templo mostra-nos: no primeiro plano, o corpo da igreja e, acima deste, uma enorme torre, que tem como fundo, o céu, e a cor amarela-clara, daquela, contrastando com a cor daquele, a faz sobressair e ser admirada nos quatro cantos da cidade. Na torre existem, além do relógio central, dois outros que marcam as horas, através da luz solar. Há também os sinos, alto-falantes e uma sacada ou balcão externo, cercado por balaústres que permite, às pessoas, deslumbrar-se com a paisagem, até aonde a vista alcança. O estilo da obra é europeu.

Entra-se nessa Casa do Senhor pela porta central e por mais quatro outras laterais, sendo duas grandes e duas menores. A iluminação natural é feita por uma fila de janelas translúcidas ao longo de toda a lateral.

O interior da igreja é composto por um enorme salão. Os olhos até parecem se perder vagando por detrás das grandes colunas que sustentam o edifício e agasalham as maravilhosas imagens de Santa Inês, São Judas Tadeu, São Luiz Gonzaga, São José, Santa Isabel, Santa Teresinha, São Sebastião, São Geraldo Magela, que ornamentam aquela. No alto, o suntuoso teto branco, embaixo, o limpidíssimo pavimento com mil reflexos luminosos. No teto da igreja, sustentados por correntes, lindos lustres, com muitas luzes. Nas alas laterais estão os confessionários e, fixados na parede, os quadros retratando a paixão e morte de Cristo.

Há um hall de entrada logo depois da porta principal. Após o pára-vento, na parte superior, estão as dependências do Coro Sagrado Coração de Jesus, fundado pelo casal alemão Afonso e Adélia, que veio em companhia do Pe. Fernando, em 1928. Ao fundo, num plano superior, está o imponente Altar-Mor, uma verdadeira obra de arte, com suas seis imagens e um crucifixo, de autoria de Ferdinando Stuflesser, escultor italiano, de Ortisei, que vivia em Tirol. Coube ao Reverendíssimo Padre Fernando Bonhoff, vigário da paróquia, encomendar, trazer e colocá-lo na Igreja, com a ajuda direta da grande pianista Sílvia Maia (Vica Maia que tocava no Teatro Municipal) e dos amigos: Cel. José Moura do Amaral, Dr. Francisco Salles, Dr. Janot Pacheco, Dr. Jacinto Scorza, Dr. Morávia Júnior, Congregação “Filhas de Maria” e fiéis.


Ainda no interior do templo, do lado direito do Altar-Mor está a sacristia e, do lado esquerdo, a Pia Batismal, trabalhada em pedras onde corre uma linda cascata, com iluminação indireta.


Cobrindo toda a extensão, no interior da igreja, estão dezenas de bancos, onde os fiéis se acomodam para participar dos ofícios religiosos (missa, via-sacra, adoração, batismo, crisma), agradecer e pedir em suas orações.

Acoplados à Matriz tem-se ainda o salão paroquial, a secretaria e inúmeras salas destinadas à assistência social, cursos bíblicos, de noivos, de evangelização, grupos de bases e catequese.

Saindo-se da Matriz pela porta principal, admira-se sua escadaria e rampas que permitem acesso e lhes dão um belo visual.

Seus alicerces foram fixados com devoção, orações e fé.

Os párocos (vigários) da Matriz de Sant'Ana foram os Padres Manuel Martins, João Gomes Salgado,Manuel Afonso da Cunha Pereira,José da Costa Oliveira,João Francisco da Cunha,Manoel da Piedade Valongo de Lacerda,Aleixo Antônio da Mota,Francisco de Paula Diniz,João Tomás de Souza,Manuel de Sousa Lima,José Bento Ferreira de Mesquita,Francisco Severo Malaquias,Castorino Pereira de Brito,Fernando Baunhoff,Frederico Bangder, Luiz Tings,Tarcísio Dalsenter,Bernardo Koewner,Agostinho Beckhauser,Frederico Bangder,Waldemar Goedert,Odo Haelker,Clemente Kollhoff,Antônio Echelmeyer,Henrique Boeing,João Batista Prost,Aurélio Mariotto,Carlos MartinenghiDionísio Tecilla, pároco atual.

Desde o início da construção, até os dias atuais, pode-se afirmar com certeza que não houve um só pároco que não tenha contribuído em promover reformas, modificações na 
Matriz de Sant'Ana, para torná-la no que é hoje.


IGREJA DO ROSÁRIO



Quantas e quantas vezes passamos defronte essa relíquia de estilo barroco, no centro da cidade, construída no século XVIII, por licença concedida por Dom Frei Manoel da Cruz, bispo de Mariana, em 1751, semi-terminada e benta em 1754, pelo Reverendíssimo Padre Manoel Martins e concluída em 1810, pela Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos.

Além de inúmeros anônimos que ajudaram a edificar essa igreja, segundo consta, artistas de renome internacional, como o Mestre Ataíde, Aleijadinho deram suas contribuições para ornamentá-la: o primeiro na pintura do teto; o segundo, com trabalhos em entalhe de madeira e pedra. As imagens de Nossa Senhora do Rosário, no altar-mor, a de Bom Jesus do Calvário, a de Bom Jesus da Cana Verde, outras e permitem-nos admirar toda essa beleza, cheia de encanto e graça, pela riqueza de detalhes.

É fascinante admirar a igreja externamente como obra de arte, mas é impressionante se emocionar pela beleza de seu interior que nos propicia um espetáculo grandioso.

Ao adentrarmos no templo, vemos, à esquerda, a Pia Batismal; passando pelo piso de tábua corrida, deparamos, à frente, com o altar-mor e quatro altares laterais com várias obras de arte. No plano inferior a estes, ou seja, separando as duas naves, há uma pequena grade de madeira de lei entalhada, sobre um degrau, a separar a parte da frente da de trás que servia de divisão para abrigar, à frente, as famílias tradicionais das demais que se posicionavam nos bancos posteriores.

Do lado direito e esquerdo vêem-se duas alas. Uma destinada à sacristia, e a outra, compondo um grande salão. Na parte superior, à entrada do templo, existem duas espécies de camarote onde o coro se apresenta e de onde o povo pode assistir aos eventos. Os dois púlpitos, simétrica e belissimamente construídos, eram destinados às homilias dos ofícios. 
A pesada e reforçada porta de entrada indica, com certeza, a época que fora construída. 

Na cúpula, do lado direito do templo, à vista, os dois sinos a anunciar os eventos religiosos.



Celebrou-se ali, em 12/05/1754, o primeiro batizado feito pelo Pe. Francisco Gonçalves Lopes, batizando Manoel, filho de Amaro Pereira de Araújo e Brígida Gonçalves Pereira.

Em 09/06/1754, padre Alexandre de Souza Cabral celebrou o primeiro casamento. Os noivos foram Manoel Banguela e Felícia Creoula, escravos de Carlos Martins de Souza.

Até 1760, a igreja de Lavras foi capela filial da Matriz de Carrancas. De 1760 em diante, a freguesia de Carrancas passou a denominar-se de Nossa Senhora da Conceição das 
Carrancas e de Sant' Ana das Lavras do Funil.

Em 01/11/1857 tomou posse como pároco interino, Pe. José Bento Ferreira Mesquita, que, mais tarde, foi nomeado vigário, exercendo o seu mister por 36 anos, vindo a falecer em 16/09/1893.

Em 1904, com a construção da nova Matriz de Sant'Ana, a velha matriz passou a denominar-se IGREJA DO ROSÁRIO.

Na década de 1940, a igreja quase foi vendida, mas, por intervenção dos lavrenses e especialmente do seu zelador, o professor José Luiz de Mesquita, tal fato não se consumou.

Em 02/09/1948, a Igreja do Rosário foi tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

Diante da ação implacável do tempo, aos poucos, nosso marco histórico foi enfraquecendo, desgastando, mas por uma tomada de posição do prefeito de Lavras, em 1982, depois de uma iniciativa aplaudida, foi totalmente restaurado. As administrações seguintes vêm dispensando atenção especial para manter viva essa relíquia histórica.

Em 13/10/1990, a Igreja do Rosário passou a abrigar o Museu Sacro de Lavras, com inúmeras peças valiosas.

Atualmente ela está aberta à visitação pública, com exposições e apresentações artísticas.

As preciosas e requintadas expressões de arte que vemos preservadas desde a construção dessa obra barroca até os detalhes dos altares, florões, cimalhas, policromia, imagens e maravilham-nos.

Esse templo é realmente um monumento, um marco de nossa civilização que vale a pena ser visitado, admirado e preservado.


MUSEU BI MOREIRA



Os museus, como sabemos, são famosos em todo o mundo. O de Lavras não é de somenos importância.

Bi Moreira afirmava:

“O museu não é um amontoado de coisas mortas, mas o repositório de fatos vividos, que nos falam através de peças e documentos”.

Assim, lembramos: a famosa Pinacoteca, na Acrópole de Atenas, onde se expunham pinturas notáveis; o Museu construído por Ptolomeu Filadelfo de Alexandria; os Museus Públicos de Roma; o Museu de Leningrado, construído por Catarina ll, que guarda dentre tantos, o acervo de telas de Rembrandt; o Museu de Louvre, em Paris, com “Gioconda”, de Leonardo da Vinci, “Escravos”, de Michelangelo; o Museu dos Coches de Lisboa Portugal - com todos os tipos de carruagens do passado; o Museu do Vaticano, com a Pietá de Michelangelo, quadros de Rafael, Capela Sistina, biblioteca; o National Gallery of London, com a “Vênus do Espelho”, de Velázquez, a belíssima coleção de armaduras; Metropolitan Museum of New York; Museum of Fine Art, Boston; o Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro; o Museu de Arte Moderna de São Paulo; o Museu Nacional da Quinta da Boa Vista e tantos outros espalhados pelo mundo.

“Lavras, uma das capitais da inteligência”; “Lavras, cidade onde se respira um ar de cultura”, terra mais do que centenária, tem a sua história contada por sua gente, seus objetos, suas obras ou documentos, catalogados, classificados, expostos no Museu Bi Moreira, preciosidade de rara beleza, onde as pessoas podem estudá-las, pesquisá-las e divulgá-las, graças ao abnegável e incansável trabalho do nosso inesquecível Sílvio do Amaral Moreira.

“Durante nossa caminhada pela vida esperamos por algo e por alguém, por sucesso e por saúde, por alegria e por uma colheita farta de realizações”.

Por isso:

“Cada um se satisfaz com aquilo que fala, mas receberá conforme aquilo que faz”.

Quando transformamos as palavras em ação, criamos realidades, e estas passam a existir.

Somos aquilo que realizamos na vida.

Cada um de nós tem a sua história.

Olhemos para trás para contemplar a nossa história, como iremos neste momento contemplar a história daquele que nos legou entre tantas riquezas, o Museu de Lavras.

Ele sonhou, falou e transformou em realidade os seus sonhos, as suas palavras.

Com sua obra, não vemos distância a nos separar, quer seja de tempo, quer seja de lugar.

Traz-nos o passado, faz-nos viver o presente e sonhar com o futuro.

Bi Moreira, dia-a-dia, colecionava e catalogava objetos vários, com o fim de criar um museu, recebendo de inúmeros amigos as mais variadas doações, ou, adquirindo-as muitas vezes, às próprias expensas. Foram longos anos de trabalho.

Pelo sonho e pela persistência, idealizou e edificou o Museu de Lavras (hoje Museu Bi Moreira, com muita justiça), instalado no velho Campus da ESAL, (UFLA) no prédio Dr. Álvaro Botelho.

É um museu eclético, histórico-pedagógico e consta das principais revistas especializadas do país.

Museu que mereceu de figuras ilustres do Brasil e do exterior, as mais belas considerações, as quais passamos a enumerar, buscando auxílio na Acrópole, de 06/04/75.

Cecília Meireles, numa das muitas cartas que escreveu ao Bi, como folclorista, em 21/03/44:

“O Sr. faz bem em recolher o que encontra, em fixar o que vê e ouve. Não perca essas oportunidades”.

Vera Flores, intérprete da ONU, radicada no México, em 12/03/65:

“Uma das lembranças mais agradáveis que guardo da minha última visita ao Brasil é precisamente aquela hora feliz que passei examinando e admirando o museu que o senhor com tanto carinho está organizando”.

Vinício Stein Campos, organizador dos museus históricos e pedagógicos do Estado de S. Paulo, depois de ver uma quinta parte do atual acervo, em 01/04/69:

“... O seu patrimônio é um amontoado de maravilhas, suscetível de enriquecer não um, mas diversos museus históricos de nossa pátria”.

O festejado Barbosa Lima Sobrinho, historiador e membro da Academia Brasileira de Letras, em dedicatória num de seus livros, em 18/05/73:

“O museu de Lavras é uma organização que honra a todo o Brasil”.

E, em 03/06/73, o mesmo Barbosa Sobrinho, no artigo “ um centenário que Lavras não esqueceu”, publicado no “Jornal do Brasil”:

“... O museu de Lavras é realmente uma obra formidável, abrangendo imenso domínio histórico, sociológico, folclórico, etnográfico, enchendo salas e armários com tudo o que possa representar alguma coisa da vida do passado de Lavras e do Brasil. No dia que merecer apoio oficial, constituir-se-á numa atração poderosa, para os que desejam sentir o coração do Brasil, quando não seja pelos objetos que o recordam, ao menos pelo entusiasmo vibrante do criador do museu de Lavras e pelo espírito de sacrifício com que o sabe manter, sabe Deus como e à custa de quantas renúncias “.

Finalmente, em 18/09/74, Carlos Felipe, na série de reportagens publicadas no Estado de Minas, “transcrita na separata de 06/04/75”:

“Lá (em Lavras) está um dos maiores museus do Brasil e completamente desconhecido de todo o mundo, inclusive de muitos lavrenses”.





Em 1980, o Museu Bi Moreira foi encampado pelo Governo Federal.

O Museu Bi Moreira é um marco histórico-cultural de Lavras e um marco da vida do seu criador.



A sensibilidade do ser humano o permite admirar, valorizar, preservar, enaltecer e se emocionar com as obras e os feitos daquele que contou a história de Lavras e com ela se confundiu.

Aí está parte de nossa fala, no panegírico que fizemos quando tomamos posse na Academia Lavrense de Letras, escolhendo como nosso patrono, o saudoso e inesquecível criador do Museu: Bi Moreira.


UMA DECLARAÇÃO DE AMOR




Quisera ser o sol, para seu corpo aquecer
o vento, para seu corpo tocar
a chuva, para seu corpo molhar.

Quisera ser as flores coloridas
para seu corpo enfeitar
os pássaros, para sua beleza cantar.
Quisera ser as estrelas, a lua,
para à noite, seu corpo iluminar.

Quisera nos meandros deste lindo e deslumbrante corpo,
no todo exposto ao tempo
cativo às intempéries
exalando perfumes
exibindo encantos
entre curvas, altos e baixos
produzido com matizes cambiantes
trazidas nas nuances das estações

Numa ornamentação perfeita
onde a natureza revela aos olhos de todos
transparências, cores, belezas e visões mil
num espetáculo a contemplar,
SERPENTEAR em suas ondulações e dizer:
Você é linda,

Amo você!

Quisera sempre com meus olhos admirá-la
Altaneira, imponente,

Com meus ouvidos captar
o som das águas percorrendo seu corpo
a brisa sussurrando entre as folhas
das árvores e arbustos
orquestrado canto dos pássaros
ecoando sinfonias.

Quisera com meus pés em chinelos aveludados
percorrer suas entranhas
com minhas mãos tocá-la, acariciá-la, sentí-la.

Quisera com minha voz bradar aos quatro ventos
Amo você

OH ! SERRA DA BOCAINA!

E com meu coração
entregar-lhe todo meu


AMOR ECOLÓGICO.



ENCANTAMENTO



De um ponto qualquer

Avista-se como num sonho
Num misto do inerte com a vida

Um cenário dos mais belos

Dia claro

Céu azul

Raios de sol

Noite de luar

Céu estrelado

Água, vento, plantas, rochas

Lugar aprazível

De encantamento

De delicadeza

De riquezas mil

Onde os homens devaneiam

É deslumbrante

Ao longo...

Galhos de árvores tombados

Sobre o leito do rio

Pescadores com seus apetrechos

Animais pastando nas encostas

Flores silvestres colorindo os campos

Areia nas praias, às ondas beijar

O espumar das águas

O respingar das gotículas nas pedras

O ballet das garças

O mergulho dos biguás

A corrida das piquiras

A canoagem

As barracas

O correr das águas do Rio Grande

Na imensidão das cheias que ultrapassam os limites dos barrancos

Ou o filete d' água a deslizar entre as rochas nas secas

A bonita dança dos peixes na subida das cachoeiras

No contraste da água límpida

Com o multicolorido dos dourados, mandijubas, lambaris... e

O extraordinário show da natureza

No corpo

O frescor da brisa

O efeito do sol, do luar

Da chuva, do frio

No céu

O voo de liberdade dos marrecos, trocais

No vazio do espaço

O silêncio da calmaria

O murmurar das águas

A voz do vento

O canto da piracema

O bater do coração

A paz do espírito

No remanso do rio

Na superfície das águas

Nos dias ensolarados

Nas noites de luar

No olhar

Um espelho a refletir

A belíssima

Apaixonante e

Centenária

PONTE DO FUNIL

Palco de tantas histórias

Com seu ar inglês

Fixada nos pilares

Encravada nas rochas

Assistindo ao espetáculo através do tempo

Servindo de passagem

Encurtando distâncias

Aproximando os homens

Unindo cidades, campos

Fazendo amizades

Levando e trazendo esperanças

Aos corações.

Te saudamos

Oh! PONTE DO FUNIL!



São 235 ha de fauna e flora à disposição dos visitantes.

A verdadde é que o lical oferece passeios magistrais para quem gosta de caminhar, estar em contato com a natureza e encontrar a paz.

Andar, passear, caminhar e percorrer os espaços do parque é a aventura maneira de se conhecer as Quedas do Rio Bonito e inebriar-se com uma fascinante aventura a propiciar emoções, descanso e que, afinal, recebe do corpo e da alma os agradecimento pelo prazer  vivido no parque, apreciando os lugares, as cores, os detalhes, no silêncio e na alegria da grande festa da natureza.

São inesquecíveis os passeios feitos ao Santuário Ecológico - das Quedas do Rio Bonito.

Graças à sensibilidade, ao amor à arte, à preservação da natureza de pessoas como Abraham Kasinski e sua esposa Yvonne, presidente e vice da fundação Abrahan Kasinski é que Lavras foi agraciada com este belíssimo Parque Ecólogico das Quedas do Rio Bonito, a nível de primeiro mundo, projetado por Sérgio Tepermam, iniciado em 1994 e aberto ao público em 16/12/1999.





Dados biográficos do autor.


José Alves de Andrade é filho de Benedito de Pádua Andrade (Planche) e Elvina Alves de Abreu (D. Noca). É lavrense. Casado com Maria Sueli Pereira de Andrade tem dois filhos: José Renato(Advogado) e André Gustavo (Físico). É advogado, pedagogo, professor de Técnicas Comerciais e Ciências Físicas e Biológicas. Fez diversos Cursos na área educacional e de direito. Foi professor de ciências do Estado de MG. por concurso público e vice-diretor do Colégio Estadual de Lavras. Lecionou por vários anos no Instituto Gammon, onde ocupou a Presidência da Associação de Pais e Mestres, da Comissão de Bolsas e Associação Gammonense, tendo construído na sua gestão uma piscina. Em 1975, liderou um movimento para manutenção e funcionamento das atividades do Instituto Gammon.

Como advogado trabalhou no INSS, Funrural, em empresas. Foi Juiz Classista. Presidiu a 17ª Subseção da OAB/MG, tendo conseguido para Lavras a manutenção da Comarca em Entrância Final, a criação e instalação da 3ª Vara, da Justiça do Trabalho, da Defensoria Pública. Foi presidente da Junta da Justiça Desportiva da Liga Esportiva de Lavras,MG., Conseguiu junto a OAB/MG a instalação da Subseção da OAB de Bom Sucesso.

Em 1986 foi secretário de uma comissão da ESAL, para transformação dessa, em Universidade.

Presidiu o Rotary Club Lavras Sul. Fundou o Rotary Club Lavras Norte e o Interact Clube.
Candidatou-se a prefeito de Lavras em 1982 e, em 1989, foi chefe de gabinete do prefeito.

Integrou a diretoria de várias entidades.

E autor dos Livros: Gente da Terra volume 1 - 09/2000, Lavras, sua história, sua gente volume 1 – 01/2002, Poesia & Cia – 09-2002, Gente da Terra- Volume 2 - 11/2003, lº 
Folder Bilíngue de Lavras - 2006

É membro da Academia Lavrense de Letras, Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais, advogado militante.

Em reconhecimento ao seu trabalho recebeu do Governo do Estado de Minas Gerais a Grande Medalha de Mérito Educacional e da Câmara Municipal de Lavras, o Título de Honra ao Mérito pelos relevantes serviços prestados à Comunidade. Recebeu ainda outros diplomas e placas.


FONTES DE CONSULTA

Museu Bi Moreira
Acrópoles
Prefeitura Municipal de Lavras
Câmara Municipal de Lavras
Eder de Abreu
Tribunal de Justiça de Minas Gerais
8º Batalhão de Polícia Militar
Historiador Eduardo Cicarelli
Antônio de Souza Lucena
Éster Carvalho Pereira
Jornal “O Estado de São Paulo”
Jornal “Alfenense”
Geraldo Maia
Jornal “Tribuna de Lavras”
Rádio Cultura de Lavras
Entidades Lavrenses
UFLA (Universidade Federal de Lavras)
Agnaldo Costa
Biblioteca Municipal Meirinha Botelho
Maria T. Pereira Alves
Pastor Célio Teixeira Junior
Igreja Matriz de Sant'Ana
Aeroclube de Lavras
Associação Comercial e Industrial de Lavras
Consórcio Aproveitamento Hidrelétrico Funil
Fundação Abraham Kasinski
Familiares.